segunda-feira

Portugal autárquico II - "Oeiras Mais à Frente". Portugal Mais Acima - (já agora)

Resultados Oficiais para a CMO: 34,05% - Isaltino Morais (4 Mandatos) 30,52% - PPD-PSD (4 Mandatos) 15,59% - PS (2 Mandatos) 7,89% - PCP-PEV (1 Mandato) 4,83% - BE 1,41% - CDS-PP Inscritos: 137695 Eleitores Votantes: 56,31% Votos Brancos: 3,15% Votos Nulos: 1,87% (Fonte: STAPE)
Um destes dias estes três senhores vão ter de conversar. E se calhar será mais cedo do que pensamos. Sem mágoas nem rancores. Mas também escusam logo de andar aos abraços ou de mãos dadas pelas vias públicas. Já que as extremidades da tenaz terão de se fechar e comprimir a noz-socrática que está do meio com ar naíve. Como diria o nosso amigo Talleyrand - de que nenhum dos três deve ter ouvido falar - os amigos d'hoje são os inimigos de amanhã. E os inimigos d'hoje serão os roques & amigas de amanhã. Isto é cíclico. É eterno. E será sempre assim até morrermos. E depois de morrermos também... Só mudam os actores e os observadores. Uns e outros além de não pensarem, também já não conseguem escrever... Eu, pelo menos, acho que não consigo fazer nem uma coisa nem outra depois de morrer.
Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Algumas notas difusas sobre o Portugal profundo, local e de proximidade às gentes, aos problemas e aos desafios locais do nosso querido Portugal dos Pequeninos 1º - O engº Sócrates ficou mais "laranja". De Norte a Sul do País o PS - que sustenta este governo falhado - o laranjal começa a circunscrever as roseiras do Largo do Rato. 2º - Lisboa, Porto, Sintra, Santarém e muitas outras cidades importantes - ficaram nas mãos do PSD. Por isso, à derrota de Sócrates corresponde a vitória de Marques Mendes, salvo em Oeiras. 3ª Aqui a vitória foi para o candidato independente - que criticamos a oportunidade da sua candidatura. O facto de ter ganho dá-lhe a razão da força. Não, necessáriamente, a força da razão. Mas como democratas que somos felicitamos aqui o dr. Isaltino Morais por esse seu combate. E ganhou, a meu ver, por três ordens de razões: a) Concentra em si uma forte personalização do poder e uma liderança de proximidade memorizada pelas populações b) Fez obra visível em 15 anos de autarca no Concelho. Foi até visto como o "autarca modelo" c) Apresentou um programa eleitoral feito por profissionais da comunicação - que mais parece um programa de governo para 2 mandatos. Oxalá concretize 45 % do que lá vem. Em nome do bem comum, é claro. Já agora - seria útil que a Justiça apurasse os factos para fazer uma de duas coisas: ou condenar ou absolver os arguídos. Quaisquer que eles sejam. Porque ser arguído vários anos a fio sem consequências jurídicas é, no mínimo, de bradar aos céus. Afinal, para que serve a democracia e a separação de poderes??? Para que servem os homens da toga? Ou seja, fazer o que a justiça faz actualmente em Portugal, é vergonhoso. Além de anti-humano é anti-económico. Ela é lenta, laxista e irresponsável - como aqui temos dito e redito. Da sua omissão só se pode concluir pelo seguinte: será a Justiça que deverá ser levada a Tribunal. Importa saber quem julga o julgador? Quem policia o polícia? Uma palavra de apreço a Teresa Zambujo - que se bateu de forma elevada, digna e com uma grande capacidade de trabalho. Perdeu por pouco, mas ficou de pé. Não é uma política profissional. Mas é muito profissional. Agora terá o futuro à sua frente. Porventura, mais família, mais felicidade, mais humanismo, mais vida, mais futuro, mais tudo. Livrando-se, assim, duma camada de "carraças políticos" que, hipócritamente, rodeiam hoje qualquer político credível em Portugal. Teresa Zambujo é um caso raro: pois era Política não o sendo. E não o sendo acabava por ser Política. Mas as circunstâncias da matemática eleitoral não lhe permitiram dar continuidade ao "bichinho" da política que, porventura, já começara a crescer demasiado... Será que estamos enganos? Admito que sim, e Não!! Interrogo-me, hoje, qual seria o resultado se dispusesse dos profissionais da Comunicação que o seu adversário dispôs? No fundo, Teresa Zambujo trabalhou com a "prata da casa" - já conhecida de Isaltino e estava um tanto gasta e agastada pela erosão do tempo. Pela falta de criatividade e de competências teóricas, políticas e intelectuais. Sempre evitou rupturas - precisamente para evitar magoar as pessoas ou gerar conflitualidades. Assumiu pessoalmente a derrota, reconheceu a vitória ao PSD de Marques Mendes no plano nacional - que agora terá de levar o ramo de oliveira a Isaltino Morais - com quem terá de trabalhar. E até pode suceder que seja Isaltino Morais - a enviar esse ramo de oliveira a Marques Mendes. Parece até que este aprecia muito azeitonas... Assim este saiba enterrar os machados de "guerra civil" em Oeiras e consolidar em torno do seu ideário as boas vontades de todos - que serão sempre poucos perante os desafios da globalização competitiva que irrompem poder local adentro. Sem sectarismos e com uma nítida visão do interesse público. Dizem-me também que Isaltino não é um homem rancoroso... Pois aqui está uma boa oportunidade para provar o carácter da sua magnanimidade... Espera-se que a sua vitória também sirva para unir as pessoas do Concelho que estão desavindas com toda esta "cegada" da Política à portuguesa. Uma cegada que fez Portugal viver um momento de grande anormalidade política. Em todo o caso, destaca-se sobremaneira da qualidade mediana da sua equipa. Isaltino dizia que a sua candidatura não é um mero desafio pessoal. Mas a expressão do sentir de uma comunidade quanto ao seu futuro. Depois apresenta um Programa Eleitoral que é um autêntico Programa de Governo. Provavelmente, para executar em mais de um mandato... Será que li bem?! Com Isaltino Morais -
  • o desemprego qualificado irá desaparecer
  • haverá multinacionais a rodos e novas empresas científicas a sedear as suas actividades no concelho
  • Oeiras consolidará o nome por que já era conhecida no Mundo: Sillicon Valley
  • O ambiente será um diamante
  • A regra da competitividade é a lei inexurável
  • a mobilidade um guia
  • o capital humano um factor de desenvolvimento
  • o dinheiro multiplicar-se-á como no milagre bíblico dos pães e ninguém viverá com fome
Quem ler o Programa Eleitoral de IM - o vencedor das eleições em Oeiras - de tão abrangente e ambicioso - ficará com vontade de lhe pedir uma coisa: "ó Homem dê uma mãozinha ao engº Sócrates para governar o País". Pois entre um programa eleitoral e outro os desígnios de ambos quase que se confundem. Mas desde já deixamos uma advertência: se fôr convidado para o governo espera-se, desta vez, que não aceite. É que se o fizer, já não tem Teresa Zambujo para "segurar as pontas" da Autarquia, como sucedera em 2002... Apesar de ter apoiado - enquanto cidadão - a candidatura de Teresa Zambujo - felicitamos aqui o vencedor de Oeiras. Esperamos agora, todos nós, que consiga colocar "Oeiras Mais à Frente" - mote da respectiva campanha eleitoral que agora findou. Já agora, coloquemos também Portugal Mais Acima... Graças a Deus. Deus é grande - embora não o veja, nem disponha do seu Tm... Image Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us PS: A distância do anunciado ao realizado é, em si mesma, um indicador de crise política. Nenhum dirigente político persiste no anúncio do que não consegue realizar se a isso não for obrigado pela força de relações objectivas que não controla e não desejou. Esperemos, sinceramente, que esse gap entre o anunciado e o realizado não se mantenha por um período longo em Oeiras. E, já agora, no País. Por isso, dissémos algures que o Programa Eleitoral de Isaltino Morais mais parece o Programa do Governo do engº Sócrates. Será que eles sabem?!