terça-feira

O "cabaret" do Poder local, Justiça & Compª

O caos-urbanístico-judicial-pato-bravista-caciquista-futebolítica-imobiliário-charutense,
S.A.
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  • Ontem deu mais um Prós & Contras - o único programa de informação em que a entrevistadora também é "entre-vis-tá-da" - by himself..
  • E lá estava o Poder local na barra do tribunal, apesar de Maria José Morgado o negar. Confesso que gostei. Da forma e do conteúdo. Foi clarificador, apesar de saber que tudo vai permanecer exactamente na mesma. Eis a razão pela qual se fazem estes debates, também.
  • Maria José Morgado - vai sempre com a lição estudada: há corrupção a rodos nas autarquias, especialmente naquelas em que os caciques estão alapados ao poder mandatos a fio. Reconhece que a classe dela - a magistratura - não faz nada, ou quase nada. Quase dizia que eram um bando de malandros a chupar o orçamento de Estado a todos nós. Mas não disse, só pensou e o letreiro apareceu na testa... E que dos autarcas apanhados nas malhas da lei urge apanhar ainda muitos mais, de modo a evitar que eles fujam para a Suíça, Mónaco, Caimão, Lichenstein, qui ça, Barreiro, Montijo e o mais. Assertiva como sempre, julguei que metia do dr. Ruas a chorar e de joelhos ali diante de todos.
  • Nogueira Leite continua igual a ele próprio: um senhor. Um senhor no intelecto, no carácter e na forma de apresentar as questões. Sabe que ela existe, mas que polui toda a sociedade e não apenas as autarquias. Embora a grande chaga do problema seja a forma como os partidos promovem os seus às posições de comando pela via da partidocracia reinante e da qual ele sempre foi um feroz crítico.
  • O dr. Ruas - coitado, é um grande autarca, e isso via-se pelo cuidado cosmético.., mas ao tentar defender mais 307 câmaras - acaba, como disse, por ser um lagarto no meio de benfiquistas. Pareceu-me um homem sério, esforçado, aberto ao diálogo, e, por tudo isso, ganhou tantos cabelos brancos que hoje está quase na falência por causa dos barris de tinta preta que gasta para manter a cor preta-postiça do cabelo. Viseu é uma referência. Parabéns ao homem, mas é uma ilha rodeada de jacarés. E os piores são aqueles que permanecem ou permaneceram mandatos a fio, mantendo redes clientelares, de fidelidades e de esquemas subterrâneos de que Maria José Morgado conhece o circuito. Desconfio, que as tertúlias lá de casa - entre ela o marido - o fiscalista Saldanha Sanches, só versam sobre corrupção-futebol-autarquias-construção-civil. Depois, pelas "10 da madrugada", inverte-se a ordem, e assim passam o resto do dia quando estão em férias. No inverno é a mesma coisa.
  • Afinal, só não percebi aquela do dr. Ferreira do Amaral - que quase não se via na cadeira, enfiado na sua hiper-formusura de lípidos e no seu bronse de invejar. Elogiou tanto os autarcas que até pensei que era ele que se sentia acusado por tanto esquema e luvas under the table ao tempo em que fora ministro... Não disse nada de novo. Aliás, o dr. Ferreira do Amaral sempre foi assim: nem peixe nem carne. Deve ser um hermafrodita da política. Imagino o que ele sabia e escondeu, mas é demasiado cordato e balofo para abrir uma brecha de sinceridade seja com quem for. Até com ele próprio. Por isso, quando abre a boca é para dizer: conheci muitos autarcas de grande competência, pata-ti, pata-tá.. Faz lembrar o Guterres a disssertar sobre a fome no 4º mundo. Uma lástima. E das suas palavras tudo ficou mais oculto e escondido. Um "morcego-político", portanto!!
  • O dr. Paulo Morais foi a ponta do iceberg: desencadeou as emoções da turba. Denunciou as pressões que imobiliárias fazem para extorquir vantagens e benefícios pessoais e patrimonias em troca de alguns financiamentos partidários e patrocínio de carreiras pessoais. Disse, no fundo, e com mais propriedade, aquilo que todos nós dizemos em vox baixa. Foi outro senhor, com coragem e determinação e nada nele cheirou a vendetta de mau perdedor só porque foi afastado dumas listas que tresandavam a cifrões. Parabéns. Portugal precisa é de homens assim. Homens que quebrem as regras da omerta, até porque isto não é a Sicília, apesar de às vezes...
  • De tudo resulta um conjunto de banalidades para inglês ver. Os juízes vão continuar a fazer o mesmo. Ou seja, nada. Ou melhor de férias. E, portanto, a corrupção de baixa e de alta intensidade continuará a grassar por esse litoral fora a partir dos gabinetes de inúmeras autarquias. Já agora, não haverá por aí um T4 para um juíz... O que penso desta classe, com excepções, é exactamente o mesmo que penso dos padres quando vêem uma mulher interessante... Os que não são homossexuais, apreciam tanto como "noss-outros". Só que uns disfarçam melhor, porque a batina é mais cumprida.. e escura.
  • Resumindo: o Poder local está doente. Toda a gente quer luvas e comissões. Todos queremos enriquecer bem e depressa. E assim o Estado - via autarquias - se sentou no banquinho dos réus para assistir a um cabaret tipificado pela matriz da corrupção que o atinge. Foi como se todas e cada uma das autarquias, com excepção da de Viseu do dr. Ruas, claro está!! - assistisse a um strip-tease e no termo da performance se tenha levantado e diringindo-se para o bar a fim de beber uma água tónica e um Dimple 3 murros. Velho, de preferência...
  • Ontem percebemos ali naquele pequeno teatro como a majistratura se podia toda reformar e zarpar para a Polinésia.. Porque a diferença entre a sua existência e não existência é práticamente nula. Ou melhor, existindo só apresenta passivo pelas despesas correntes que gera sem qualquer contrapartida à sociedade que era suposto proteger da baixa e da alta criminalidades. Parece até que as luvas de certos caciques saltaram para os olhos de muita magistratura amiga que, já de si, é cega. E assim, mais cega fica... Mas repito: não há por aí um T4 com 250 m2..., com garagem para 3 carros, mota e barco - de preferência...Resposta para o CEJ do dr. Lúcio...
  • E asssim se passou a noite. É óbvio que ficamos a saber que só o dr. Nogueira Leite e do dr. M. Beleza é que não enganam o fisco através da inflação dos valores por que compraram as respectivas casas. Mas como ganham bem, muito bem, isso também não importa nada. Se ganhassem o que o português médio ganha, provavelmente ainda passavam a perna ao construtor civil, ao Estado e ao notário. E no fim, até lhes roubavam a caneta bic com que assinaram as escrituras...
  • Portanto, a majistratura não existe e a que existe é doente, perversa e laxista, só quer férias; o Estado está reduzido à soberania da zona costeira, e mesmo assim, deixa entrar a droga (quase) toda terra dentro para a malta ficar ganzada os 15 meses do ano; os autarcas são (quase todos) corruptos, com excepção do dr. Ruas e de mais meia dúzia, a aferir pelo reiterado e patrocinado testemunho do dr. Ferreira do Amaral. As imobiliárias é que mandam nesta malta toda, inclusive nos Planos Directores Municipais e nos Planos de Pormenor - que é onde se vai buscar as malas com os dollares e os euros inclusos. Em certos casos, porque o dinheiro é muito - alguns têm mesmo de pedir os contentores onde o José Mourinho e o Figo transportam o dinheiro...
  • E a turba bate palmas à "fatinha" que se julga sempre a pérola do atlântico - porque arranca sempre muitos aplausos da assistência alienada. Eis o Portugal dos nosso dias. Um Portugal que cheira mal e tresanda a lassidão, laxismo e corrupção.
  • Isto é tanto verdade quanto ela - a corrupção - não se vê. Ela também nunca se viu. É da sua essência ser discreta. E quando é desocultada por homens e mulheres com coragem - como Saldanha Sanches, Maria José Morgado e Paulo Moaris - também não aparece de saltos altos e a dançar o vira à frente da juíz e na esquina da penintenciária...
  • Já agora, têm ou não o tal T4... Eu abdico da garagem.., mas exigo seja Duplex..
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  • Eis o comentário do meu Querido Tio sobre o tema da corrupção na sociedade portuguesa. Ao retardador, desta feita. Pensei até que tivesses feito um entorse nos pulsos e não pudesses escrever... Ou então, ainda te deves estar a recompor da derrota - um tanto inesperada - do André Agassy perante o enérgico Roger Federer. Um daqueles cheques fazia-nos mais felizes e até acho que dava para potenciar as exportações da economia nacional e aumentar o PIB cá do burgo - que já nem agricultura tem. Por falar em agricultura, ou seja, nabos, que me dizes destas belas nomeações que o "rico" PS anda a fazer na sociedade portuguesa? Por vezes, penso que habito o Burundi ou que sou angolano ou nigeriano... Afinal, o Sócrates saí-me cá uma bela encomenda... Com tanta isenção e imparcialidade na gestão da coisa pública só encontro um ponto de referência comparativa na esfera da alta política internacional: foi quando alguns países maiores do sistema internacional permitiram que Muamar kadafi - esse grande "democrata" líbio - que mandava abater aviões em pleno vôo - foi recentemente nomeado presidente do Comité dos Direitos Humanos da ONU. Salvaguardadas as devidas distâncias, naturalmente, estes fenómenos extranaturais do "entroncamento" que se sucedem insistentemente no Palácio de São Bento sob a égide do sr. engº Sócrates - fazem-me lembrar um pouco esses filmes de índole terrorista... E assim vai Portugal, corrompendo as leis, os costumes e, sobretudo, as almas que de tanta corrupção já perderam a côr..
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____________________________________________________ Rui: Ouvi também, tal como tu, e muitos milhares de compatriotas nossos, os Prós e os Contras em que a Drª Fátima Ferreira para além de entrevistar os seus convidados se entrevistou a si própria como já vem sendo seu hábito. Preparando tão bem os temas que vai tratar nos seus programas difícil seria resistir à tentação de não se pronunciar também sobre eles demonstrando, assim, que fez o trabalho de casa. Creio mesmo, que quando assim não for, os espectadores regulares do seu programa irão estranhar, porque não são apenas as achegas que dá é também a opinião que ela própria tem sobre os temas em debate e que deixa perpassar para a plateia sobre a forma de pergunta/resposta ou interrompendo inoportunamente a palavra aos convidados quando, por vezes, eles estão a concluir os seus raciocínios. De resto, se cronometrássemos os tempos de intervenção dos seus convidados verificar-se-ia que nunca nenhum deles é superior ao tempo de intervenção que ela utiliza no conjunto das suas perguntas, melhor dizendo, das suas intervenções. O trabalho está lá, pena é o exagero. Relativamente ao que disseram os convidados, as tuas apreciações no blog do Macroscópio, são certeiras, esclarecedoras e um excelente complemento, bem disposto, para todos quantos seguiram o programa e que posteriormente tiveram a feliz ideia de ler o que escreveste. A opinião que expressas sobre cada uma das pessoas que interveio coincide exactamente com a minha, mas aquela referência à hiper-formusura de lípidos do Joaquim do Amaral “ é mazinha”, o senhor já deve ter dificuldade em conseguir andar de mota como gostava de fazer quando tinha para aí 20 kg a menos. Ele é mesmo a imagem de quem está bem instalado na vida. Mas a corrupção é um assunto, eu ia a chamar-lhe pecado, que mergulha muito fundo no homem e na sociedade portuguesa, porque é desta que estamos a falar, sobre o qual tenho pensado porque fui funcionário público durante muitos anos e nessa qualidade tive que me sentar nos lugares onde essas coisas se passam o que exige muita paciência para com o fenómeno que está disseminado no seio da população que via o funcionário, admito que as coisas hoje já não aconteçam da mesma forma, detentor do poder como alguém que tem direito a qualquer coisa como contrapartida do poder que detém, uma espécie de tributo ao poder, e que se traduzia naquilo a que vulgarmente se denomina de “uma atenção”, que ia aumentando na justa medida em que aumentava o poder e a hierarquia do funcionário à qual ela se destinava, e tudo isto com base num sentimento primário, e por isso facilmente entendível, de que não faz muito sentido ter poder, qualquer poder, pequeno ou grande, se não se tirar dele algum proveito próprio e daí as tais “atenções” que durante muitos anos figuravam na lista “do que é costume dar”, como hoje existem as listas de prendas dos casamentos. Mas o país, até há 18 anos atrás era muito pobre, o dinheiro era pouco, excepcionando as famílias do costume, a maior parte delas pilares do regime anterior, tudo se passava em grande parte ao nível do garrafão do azeite, do presunto, dos paios e chouriços, da garrafa de whisky e vá lá, uma “paleca” de 100 ou 500, de quando em vez. Dizia-se, até, que o Salazar pagava pouco aos funcionários públicos e da Administração Local porque, de certa forma, contava com esses suplementos. Mas depois, foi a integração na Comunidade Europeia e a partir de 1990 começaram a entrar no país os dinheiros dos Quadros Comunitários de Apoio e a partir daí tudo tomou uma outra expressão. O dinheiro era a rodos, entrava todos os dias aos milhões, o governo negociava em Bruxelas apoios financeiros em montantes superiores ao que tinha condições de aplicar com utilidade e correctamente e pressionado pelos prazos, quase que convidava as entidades às quais os programas se dirigiam, para o virem buscar desde que apresentassem os papéis justificativos, forjados ou não. E a corrupção que era uma formiguinha, cresceu, fez-se elefante, saiu da escola, frequentou cursos de formação acelerada e especializou-se, entre outras coisas na caça aos subsídios e muita gente enriqueceu, gente que apareceu no mercado imobiliário e contribuiu para a felicidade dos “patos bravos” que, por sua vez, fizeram a felicidade das autarquias e dos especuladores. O dinheiro que se arranja facilmente, facilmente se gasta e como era muito chegava um bocadinho para todos. Foi um período áureo, de repente “toda” a gente ficou rica, éramos um sociedade de novos-ricos alimentando uma bolsa especulativa em que um sem número de pessoas viam as “suas fortunas” aumentarem centenas de contos por dia em cotação bolsista até ao dia em que o 1º ministro Cavaco Silva veio à televisão falar em “gato por lebre” e para os menos avisados ou mais ambiciosos foi o desmoronar de fortunas que, no fundo, nunca existiram. Não sei se o país se desenvolveu com tantos milhões mas para quem o observasse lá do céu deveria parecer-se com um sapo inchado, gordo e deformado. Os “esquemas, os crimes de colarinho branco, toda a criminalidade sofisticada, o tráfico de influências, o assalto aos lugares do aparelho administrativo pelas máquinas partidárias através das Comissões Concelhias e Distritais com a cumplicidade e aprovação das Direcções dos partidos, também não foi coisa bonita de se ver. E tudo se desenvolve e prolifera, sem que o aparelho da Justiça, o sector, sem dúvida, apontado por observadores credíveis da nossa sociedade, mais deficiente de toda a máquina do Estado pudesse constituir um travão sério a este estado de coisas. A Justiça não funcionou, não estava preparada para funcionar perante um novo quadro de atentados à lei como nunca tinha acontecido, pelas três razões possíveis: número de recursos humanos muito inferior às necessidades, deficiente qualidade técnica de uma grande parte dos existentes e ausência de meios tecnológicos de apoio, e uma justiça que não funciona ou funciona mal é mais um convite ao desenvolvimento da criminalidade. Mas não podemos ser de todo pessimistas, as sociedades democráticas têm capacidade de regeneração. A tua voz, Rui, é um contributo para essa regeneração na competência e desassombro com que analisas a realidade política e social e outros jovens, como tu, noutros sectores de actividade estão a aparecer e a afirmar-se, sem mediatismos porque esse está reservado para o ject-set e não para quem desenvolve trabalho sério mas, apesar de tudo, parece-me estarmos no início de uma viragem que só pode ser para melhor. Oxalá… Xau e que os deuses nos favoreçam. Tio Quim __________________________________________
  • Ai que saudades que eu tenho desta cavala...
  • Devo sublinhar que a responsabilidade destas fotos fica a dever-se, única e exclusivamente, ao meu mau gosto. E sem qualquer tentativa de ofensa para os visados, inclusivé as cavalas que têm ferro e fazem bem aos ossos e ao colesterol. Mas mal à carteira...
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