Passos Coelho = coveiro de Portugal
A motivação, o estilo, a atitude e os comportamentos de Passos Coelho, por acção e omissão, ao longo destes últimos 4 anos evoca-me a acção daquela empresa que estava a dar prejuízo e os funcionários sentiam-se profundamente desmotivados. Era preciso fazer algo para reverter o caos, mas ninguém queria (ou sabia!!) tomar decisões acertadas, ou seja, em alternativa à austeridade que empobreceu Portugal e os portugueses e foi muito além do programa/memorando da Troika.
Ao invés, o pessoal apenas protestava, queixando-se de que as coisas estavam péssimas e de que não havia perspectivas de progresso na empresa, ou seja, no país.
Um dia, quando os funcionários chegaram à empresa, encontraram na porta um cartaz no qual estava escrito: faleceu ontem a pessoa que impedia o crescimento da empresa. Está convidado para o velório, no pavilhão desportivo.
Todos ficaram cheios de curiosidade, para saber quem andava a impedir o desenvolvimento da empresa, aqui simbolicamente representado num país de 9,5 milhões de pessoas, pois o meio milhão restante foi obrigado a emigrar pelo XIX Governo (in)Constitucional.
E foram lá ver. À medida que os trabalhadores se aproximavam do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que andava a impedir o meu progresso? O progresso da empresa? No fundo, o desenvolvimento de Portugal?!
- Ainda bem que esse infeliz morreu...
Um a um, agitados, os funcionários aproximaram-se do caixão, olhavam lá para dentro e engoliram em seco, ficando, de seguida, no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo a alma. No interior do caixão, tinha sido colocado um espelho.
- A mensagem atingiu todos (todo aqueles que votaram numa coligação contra-natura e que atingiu mortalmente a economia e a sociedade portuguesas): só existe uma pessoa capaz de limitar o seu crescimento, o da empresa e, por maioria de razão, o do país. Você mesmo.
- E estando Portugal em perigo, e não apenas milhares de empresas/PMEs que integram cerca de 90% do tecido económico nacional, é cada um dos eleitores - e todos no seu conjunto - que têm a obrigação - e o dever (ético-moral e político!!!) de substituir a gente que andou nestes 4 anos a destruir Portugal.
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