domingo

Nova comunicação entre os homens

Nos últimos anos temos assistido a mudanças profundas na forma de comunicar, essas mudanças supõem que a forma como as pessoas se relacionam entre si e com os seus governos e instituições sociais também se altere.

Concomitantemente, tal mudança presume também que haja mais transparência entre os actores envolvidos nos processos de comunicação, especialmente na relação do cidadão com o Estado que conduza a uma maior capacitação das pessoas e mais responsabilização de todos os actores na busca das melhores soluções para os problemas comuns do nosso tempo.

Assim sendo, e tendo as pessoas mais poder para decidir do seu próprio destino, é suposto que estas façam ouvir cada vez mais alto a sua voz como, de resto, tem ocorrido em Portugal nas últimas manifestações anti-austeridade, ante a insensibilidade social e impreparação política e técnica do XIX governo constitucional.

Estas vozes vão aumentar em número e numa escala cada vez mais diferenciada com o passar do tempo, até porque os portugueses não vêm qualquer saída para os seus problemas, e a emigração também já não é uma opção viável e eficiente para  a resolução dos seus problemas, como foi durante décadas.

Pelo  que a contestação dos portugueses ao governo em funções não é sectária, não é partidária nem ideológica, remete apenas para a natureza das coisas e a necessidade de encontrar resposta aos problemas socioeconómicos contemporâneos.

Daí decorre que com o passar do tempo é expectável que os governos passem a ter mais capacidade de resposta às questões e problemas directamente colocados pelos povos e pelas sosciedades, hoje francamente à deriva por falta de projecto social das pessoas, das famílias e das empresas, confrontadas que estão com cada vez maior carga fiscal, qual esbulho e confisco às classes média e média-baixa.

Neste momento, os governos já não têm intermediários na relação com os respectivos povos, estão em contactos directo com eles, e isso também acarreta outras consequências que será útil aos governos equacionar no novo tempo.


 

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