LEADERSHIP. NATO
Estamos em vésperas da Cimeira da Nato em Lisboa, onde se afinará o conceito Estratégico da velhinha OTAN que deu cabo da ex-URSS e ganhou a Guerra Fria ao Stalin e aos comunas expansionistas que se lhe sucederam inaugurando a doutrina da soberania limitada que satelizou todo o Centro e Leste europeu - a fim de se arrumar os amigos e inimigos, identificar os perigos e os desafios em matéria de security para os próximos tempos, em que a globalização competitiva recoloca novos riscos e ameaças aos Estados, às sociedades e aos cidadãos.
Neste quadro, um dos dilemas que os governantes têm que enfrentar reside no facto de as exigências da segurança individual os obrigarem a distanciarem-se dos governados quando o ethos democrático exige uma maior proximidade entre líderes e cidadãos. No quadro estritamente da Nato - e da sua relação com o Estado português - pouco mais inovação política há a assinalar do que consolidar o dispositivo multilateralista - mediante a coordenação da gestão de crises com as OIs, com a ONU à cabeça, e, por outro lado, reforçar as parcerias existentes. Designadamente, com a ONU, UE e Rússia - de quem Portugal é um país amigo.
Certamente que a televisão oferece uma solução parcial para esse dilema, mas esse veículo é susceptível de encenações dispensáveis. Desse modo, os governantes modernos encontram-se hoje divididos entre o estilo persa de criar uma certa distância e o estilo grego de manter a proximidade.
Veremos qual o estilo que Sócrates irá adoptar, que poderá perfilar-se num terciu genius que andará mais próximo do estilo de Berlusconi ou de Obama - que também anda com as "calcinhas na mão" e o "credo na boca" após a tareia política que levou nestas eleições intercalares, em que perdeu a maioria na CR. Will see...
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