Evocação de Michel Foucault
Na década de 70 o filósofo Michel Foucault, acerca dum Colóquio sobre Nietzsche, lançou a sugestão que continua a fazer carreira, a julgar pelo que se vai fazendo em alguns Centros de Estudos e de Investigação. Foucault, que era homosexual mas não consta que fosse pedófilo, além de ser um mestre do pensamento contemporâneo, lançou uma suspeita radical sobre o real e a sua interpretação. Ora, é sobre esse mesmo real que em inúmeros casos a justiça portuguesa hoje choca ao não conseguir provar aquilo que são as intenções da "república de juízes" que são, consoante os casos, mais ou menos incompetentes e parciais (pela tal falta de verosimilhança). E isto não releva apenas no mediático caso Casa Pia, mas também na esfera da justiça das empresas que muito penalisa o nosso tecido económico, na medida em que afogenta muito investimento directo estrangeiro que cá poderia aportar para criar riqueza, postos de trabalho e qualidade de vida. Hoje, como temos constatado no caso Casa Pia, a correspondência entre verdade e realidade é radicalmente subvertida, aparecendo então ao intérprete que somos todos nós, o papel mais problemático. E como esta contradição é complexa, o Portugal dos processos judiciais entrou em polvorosa reduzindo, assim, os níveis de tranquilidade que pessoas, empresas e entidades públicas precisam para traçar um rumo para este nosso querido Portugal que continua à beira-mar sepultado.
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