Pros & Contras - o regresso do programa oficioso e das verdades inabaláveis
Toda a a gente conhece a simpatia da jornalista Fátima Campos Ferreira, além de acolhedora. Só que a senhora procura sempre agradar a gregos e a troianos em todos os seus programas, desejando estabilizar os temas e os assuntos, não obstante a sua complexidade. Além de falar demais, sobrepondo-se à própria exposição dos intervenientes. Tudo para mostrar que leu alguma coisa sobre os temas. Por vezes, chega a ser confrangedor. Ontem ouvindo todas aquelas partes sobre o caso Casa Pia, salvo melhor opinião, não se atinge certeza nenhuma, antes pelo contrário, lembro-me sempre daquela anedota contada por S. Freud quando retratava o encontro de um cego com um paralítico. E aquele perguntava a este: como andas? E o paralítico responde-lhe: como tu vês! Esta passagem redutora reflecte certamente a posição parcial de cada uma daquelas partes: os culpados tentam baralhar e dar de novo para demonstrar a sua inocência; as vítimas abusadas concluem que, afinal, não tiveram pesadelos, foram efectivamente sexualmente molestados; o bastonário da OA esquece-se de que houve pedofilia e crê que tudo se resume a uma golpada anti-PS para meter Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso na cadeia; o juíz acha que a justiça está boa, salvo a máquina das fotocópias que funciona mal. Confesso que tudo aquilo baralha ainda mais o cidadão que quando tiver um problema de justiça em vez de confiar nela talvez deseje comprar uma arma e regressar aos tempos de antanho, de pré-justiça.
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