Com ferros se mata, com ferros se esfola: José António Saraiva com salário e casa penhorados
Obs: É sabido que nos últimos anos em Portugal tem proliferado um certo "jornalismo-mastim" que torna essa corporação, ou parte dela, em agentes politicamente irresponsáveis. O resultado, em inúmeros casos, é incriminar pessoas inocentes na praça pública, que depois não têm a capacidade e a oportunidade de se defender para limpar a sua imagem. É sabido como alguns jornais fazem manchetes acusatórias e quando são obrigados judicialmente a repor a verdade remetem para as páginas menos lidas os pedidos de desculpa. O pedido de indemnização requerido pelo visado é, ou pode ser, um sinal de que a prática do jornalismo em Portugal tem que ter regras claras e um papel ético, sob pena de as indemnizações serem pesadas e o alegado crime não compensar.
Este "jornalismo-pitbull" - que teve a sua expressão mais lamentável no Indy de Paulo Portas no combate cerrado ao cavaquismo nas décadas de 80 e 90 do séc. XX - deve ser aplacado, pois a sua limitação constitui uma valorização da responsabilidade dos jornalistas, mormente dos jornalistas políticos, e um estímulo à liberdade de expressão, ao pluralismo e à democracia.
Por vezes, as pequenas vendettas jornalísticas saem caras, e a ser assim algo começa a mudar em Portugal. Alguns jornalistas que se cuidem, pois deixou de valer tudo na publicação das matérias mais escaldantes. Ainda que seja curioso registar que quando a temperatura aperta lá se evoca o Tribunal dos Direitos do Homem, mesmo que aqueles que em vão o invocam devam, préviamente, ter mais cuidado com o que escrevem para não vender lixo noticioso por rigor informativo que, em muitos casos, resulta nestes penhores.
Balsemão deve estar radiante, feliz dando saltos e pulos na redacção do Espesso. Just a feeling...
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