Portugal pouco atractivo para investidores estrangeiros
Portugal pouco atractivo para investidores estrangeiros, TSF
Portugal continua a ser um destino pouco atractivo para os investidores estrangeiros. O estudo anual da consultora Ernst and Young revela que o nosso país aparece em lugar 22 no ranking europeu de países, longe do topo liderado pelo Reino Unido, logo seguido da França, Alemanha e Espanha.
Jornalista da TSF, Ana Maria Ramos, apresenta-nos o estudo onde Portugal aparece no lugar 22 na lista de países mais atractivos para investidores.
Na lista dos países europeus que mais captam investimento estrangeiro, segundo um estudo da consultora Ernst and Young, Portugal aparece no lugar 22, muito longe dos países que lideram este ranking.
Em primeiro lugar, na lista dos países mais atractivos para os investidores surgem o Reino Unido, logo seguido pela França, Alemanha e França.
Os dados relativos ao ano passado revelam, que apesar da crise, o país mantém os níveis de captação de investidores dos últimos quatro anos à custa de sectores tradicionais da indústria e da aposta em projectos tecnológicos e energéticos na área do ambiente, segndo José Gonzaga Rosa, responsável pelo estudo da Ernst and Young em Portugal.
As conclusões indicam também que o nosso país tem recebido alguns pequenos projectos estrangeiros, à semelhança da República Checa e da Hungria e sobrevive pela manutenção de sectores industriais como o automóvel, tal como a Polónia, Republica Checa e Eslováquia.
Mesmo assim, apesar da crise e do impacto negativo na Europa da queda do investimento norte-americano, no último ano, Portugal não assistiu à fuga de investidores para outros destinos, empresas como a Cisco e a Microsoft mantêm a intenção de permanecer em Portugal.
Este estudo da consultora Ernst and Young é apresentado, esta sexta-feira à tarde, na presença de Basílio Horta, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo.
Obs: Estando tão próximo de Espanha, mantendo laços comerciais e económicos tão fortes com o nosso vizinho pergunto-me por que razão ainda não aprendemos nada com eles. Resultado: continuamos a ter custos de contexto que afastam potenciais investidores externos de Portugal, e assim a tendência é para o empobrecimento ficando mais distante dos países da linha da frente da UE a cujo grande espaço pertencemos. Algo terá de mudar ao nível do modelo de desenvolvimento económico. A começar pelas energias, e demais factores de produção, que estão ainda demasiado caros tornando-nos pouco competitivos comparativamente. Os sistemas de justiça e fiscal também não ajudam. Neste quadro de escassez do IDE a criação de emprego, naturalmente, também fica comprometido.
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