sexta-feira

Pedro santana lopes é um nado-morto da política portuguesa

O trajecto de Santana é conhecido: instável, está apenas onde pode ser catapultado para as elevadas esferas do poder, demonstrou escasso serviço de missão pública, é imaturo, confunde trabalho com lazer e divertimento, rodeia-se de pessoas com pouco valor técnico, cultural e político. A sua passagem pela autarquia de Lisboa e pelo governo do país, após um erro de casting de Durão Barroso, ilustram aqueles defeitos políticos.
De Santana guardo a memória de na década de 80 o dito fazer comícios, incendiar plateias e pouco mais. É, pois, um líder emocional de tipo primal, ou seja, tem uma "liderança" de tipo emocional que ele julga ser irresistível. Só que santana esquece-se de que as pessoas buscam num líder um sentimento de segurança, estabilidade e credibilidade, ser autor dum projecto, o que faz com que diminuam as sensações de incerteza e de ameaça e risco perante o governo da cidade e o governo da república, ora santana falhou nas duas frentes.
Portanto, o verdadeiro líder funciona como um guia emocional que conduz grupos. Santana hoje conduz apenas santanetes, umas dezenas de ressentidos do sampaísmo e do socratismo que busca na capital uma escapatória para as suas frustrações políticas e, naturalmente, para o seu desemprego político. De nada lhe vale o António Mexia, que no passado recente o convidou para consultor da EDP, quiça para rebentar o quadro da energia da empresa e tornar a energia mais cara aos consumidores. Mal empregues 2 mil cts mês que a empresa estourou com quadro tão pouco valioso. Na CML, depois no Governo, antes pelo Sporting - o Club dos Azuleijos de mau gosto da 2ª Circular que já se podia ter inspirado no Glorioso, em todas essas instâncias Santana não foi senão o líder primal, emocional, que sussurava, que agitava, que polarizava emoções tóxicas. E hoje, enquanto candidato à CML, Santana também não é diferente, e aquela ideia estapafúrdia de querer instalar a Feira Popular no local onde António Costa propôs a construção do novo IPO é bem sintomático dessa toxicidade santanista que demandou novamente a cidade.
E a explicação que encontro para este desatino crónico de Santana decorre do seu desemprego político, da sua desmedida ambição e, naturalmente, do rancor e da ansiedade que alimentou face à esquerda que governa o País e a capital. Resta a Santana duas coisas: a desorientação e a paralisia. Seja nos gastos supérfluos que fez com arquitectos, seja na exuberância e excentricidade das suas pseudo-propostas para a cidade, designadamente em matéria de opções urbanísticas.
É a esta luz que santana aparece como um actor dissonante da realidade, um polarizador de energias negativas. E por essa razão é um candidato desfasado do tempo, da função e da cidade a que se propõe concorrer. Tudo razões que fazem dele um mau líder e, à priori, um candidato perdedor.
Não compreendo, por isso, a razão por que alguns amigos vêm em Lopes uma ameaça, quando ele representa apenas um risco e um perigo para ele próprio. Ou são os meus amigos que estão desfocados da realidade ou sou eu que vivo em Marte...

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