quarta-feira

Durão Barroso é um molusco, segundo Fernando Nobre da AMI

in DN
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Fernando Nobre atacou a UE por se preparar para manter Durão Barroso nas funções de presidente da Comissão, alegando que "ele é o único que resta no activo da cimeira da vergonha, na Base das Lages", em que os Estados Unidos da América decidiram lançar o ataque ao Iraque. Falando como cirurgião, Fernando Nobre observou as palavras de elogio recentemente proferidas por Durão Barroso em relação ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na sequência da cimeira do G20 em Londres.
Durão Barroso "tem um corpo de plástico, moluscóide, de quem não tem coluna vertebral. É do tipo de políticos que pensa que, com uma plástica, tudo pode continuar na mesma", disse, numa referência ao alegado apoio que o ex-primeiro-ministro deu ao ex-presidente Bush. Mais moderada nas críticas, Ana Gomes lembrou apenas que Durão Barroso "esteve ao lado das tentativas de constituição de um directório" das grandes potências em relação ao mundo.
Obs: Infelizmente, o querido amigo Fernando Nobre, fundador da AMI, que até nos deu a honra de ilustrar um livro da nossa lavra, tem razão. Durão não é apenas um molusco, como foi também um mau quadro-administrativo da Comissão Europeia.
O projecto de Durão foi simples e visou cumprir dois objectivos: 1) executar a fuga de um Governo com um défice de quase 7%; 2) gerar os equilíbrios bruxelenses indispensáveis para se manter à tona e, assim, fazer-se eleger para um 2º mandato na Comissão Europeia.
O douto Marcelo de sousa, que já só ouço a partir da dispensa, numa das suas chalras domingueiras, também sublinhou a "virtude" de Durão por ter conseguido gerar esses "equilíbrios", agradando a gregos e a troianos, o que é duplamente lamentável - para Durão e Marcelo. Quanto ao projecto europeu, novas políticas públicas, relançar a Europa no mundo capturando um estatuto que ela já teve (ao tempo de Jacques Delors) - Zero.
E zero é mesmo quanto vale politicamente Durão. Mas será eleito administrativamente. Mas mais vale uma unha do pé esquerdo do António Vitorino, mesmo quando está distraído, do que Durão inteiro concentrado.
Aliás, Durão vale tanto como político do que como académico: mediano a atirar para o sofrível. Mas ainda bem que fica em Bruxelas, o seu regresso a Portugal só provocaria desgraças e patologias políticas imprevisíveis, a 1ª das quais seria o suicídio da directora do departamento de economato do psd, a srª Ferreira, a mesma que deixou de falar ao dito Barroso quando (e o restante Governo a que aquele presidia) soube que tencionava ir para Bruxelas.
O resto da narrativa desesperada é conhecida:
  • Ocorreu uma sucessão "monárquica" metendo no Governo o impreparado Santana, cuja tomada de posse no Palácio da Ajuda foi vergonhosa e realizada a toque de Lexotans. Fernando Nobre é médico, conhece bem os efeitos deste químico...
  • Santana desgovernou o país durante um semestre negro. (O mais negro da história da nossa democracia, que em breve comemorará os seus 35 anos)
  • Findo o qual o então PR, Sampaio, teve de o demitir.
  • Houve eleições, e Sócrates ganhou-as com maioria absoluta.
    Bem vistas as coisas, ainda bem que Durão emigrou para Bruxelas; hoje o seu regresso só faria sentido se fosse para ser o enfermeiro do PSD ou presidente da Sta casa da Miséricórdia de Lisboa.