terça-feira

A cyber-punk da Lapa está novamente sem candidato às europeias. Narrativas desesperadas do marketing do séc. XXI

  • Esta idosa armada em cyber-punk da Lapa acalentava uma esperança: que Durão reconhecesse a mediania do seu mandato em Bruxelas e regressasse a casa e se reconciliasse com a tropa fandanga dum psd em plena guerra civil e se pusesse a jeito conforme vontade da Manela. Infelizmente, Durão não se retratou, antes deu um salto em frente, e agora, como castigo, terá de levar a Europa para a mediania económica, social e política que cultivou (agora numa cumplicidade institucional a 27).
    Esta esperança frustrada tem uma consequência imediata na vida política da Manela: arranjar outro candidato para meter nas listas das europeias.
    Com sorte, ainda veremos Santana a fazer o pleno: europeias, legislativas e autárquicas e, ante a incapacidade congénita da srª Ferreira, ainda vai na vez dela às legislativas.
    Pergunte-se a Santana se também não estaria disponível para entrevistar o vasco Pulido Valente às 6ªfeiras num jornal de latão chamado tvi.

    O MARKETING [pOlÍtÍcO] DA MANELA
      • MARKETING - NARRATIVAS DESESPERADAS NO SÉC. XXI PARA FAZER UM MILAGRE: CONVERTER O PSD NUMA COISA ACEITÁVEL, COMPRÁVEL, CONSUMÍVEL, DIGERÍVEL... CORES, CORES, MUITAS CORES...
        Notas marketeiras: É sabido que a função do marketing é converter necessidades sociais em oportunidades de ganhar dinheiro. Aplicado ao marketing político pretende-se ganhar votos e conquistar o poder. Porém, no caso do psd a tarefa fica dificultada porque a líder e o partido poucas ou nenhumas ideias apresentaram ao País. Ou seja, nenhuma política sectorial foi valorizada com as propostas do psd. Nem a freguesia da Lapa...
        Daí que a visão de ver as coisas invisíveis no caso deste PSD é uma missão quase impossível para qualquer Agência de Pub., por mais criativa e conceituada que seja.
        Ao ver este making of (no vídeo infra) lembrei-me que talvez o psd pudesse recriar uma narrativa semelhante para tentar iludir os portugueses: arranjar umas milhares de bolinhas, pintá-las às cores (cores vivas, de preferência, tarefa para o António Preto - que contrastem com o cinzentismo de Ferreira leite e a sua direcção) e jogà-las ao vento.
        Criando, com isso, um efeito visual estonteante e difuso, ligando emoções perdidas gerando, ao mesmo tempo, efeitos visuais deslumbrantes capazes de cimentar as ligações adormecidas na multidão de sentimentos em fúria em que se tornou este psd pós-Durão Barroso.
        Nesta conformidade, o making of de Sony Bravia - poderá replicar-se e presidir aos actos eleitorais do psd, configurando o mesmo padrão nos três momentos (europeias, legislativas e autárquicas). Sairia mais barato... A não ser que o António Preto arranje mais financiamentos..., como no passado!!!
        Como a melhor maneira de predizer o futuro é inventá-lo, a narrativa de marketing político do psd assumiria mais ou menos a seguinte configuração:
        Primeiro a Manela carregava no botão - e lançava as milhares de bolas coloridas ao vento, a cena poderia desenrolar-se alí na Av. Infante Santo - à Estrela (próximo da Lapa). Se houvesse uma rabanada de vento, com sorte, em vez das bolas descerem em direcção ao rio - ganhariam um efeito inverso, e iriam parar todas à Basílica da Estrela (interrompendo a missa das 7h); outras aportariam ao Liceu Pedro Nunes; e outras ainda escorregariam pela Calçada da Estrela abaixo, em direcção apressada a S. Bento e ao hemiciclo - interferindo com os trabalhos parlamentares - e causando uma cegada entre o Anacleto Louçã, o camarada Jerónimo e os betos do cds/pp que em Lisboa têm a expressão eleitoral duma ervilha.
        Num 2º momento os jotinhas laranjas iriam apanhar as bolas. Como elas são aos milhares, demorariam uns dois meses a reunir as unidades para, num 3º momento - aplicar o mesmo procedimento ao acto eleitoral seguinte.
        Talvez assim, aplicando os takes deste making of da Sony Bravia - o psd consiga vender o seu produto, recriar as emoções perdidas, recapturar as paixões dissolvidas potenciando a imagem da Manela cyber-punk (às vezes é new age) - e ter uma vantagem concorrencial na lógica intra-partidária - e dispôr dum revólver quando os seus adversários políticos apenas dispõem de canivetes suíços (ao estilo do grande Isaltino).
        Se isto fizer algum sentido, em termos de marketing político neste 1º quartel do séc. XXI, então eu serei um daqueles que irá estar pregado na missa das 7 na Basílica da Estrela. Nem que seja para ver a cara do padre a reagir aos novos tempos que sopram da Lapa...
        Ao fim e ao cabo, os grandes activos da Manela são as bolas, as bolas coloridas.
        Era isto que pretendia dizer, mas faltaram-me as palavras...
Sony Bravia Ad - Making Of