Crise: OIT defende articulação de medidas a nível internacional
Foto picada na net.
Crise: OIT defende articulação de medidas a nível internacional, in JN
L.T.
O director-geral da Organização do Trabalho referiu, esta terça-feira, que a crise veio aprofundar a necessidade de haver um conselho económico e social que funcione sob a égide da ONU. Um organismo desta natureza, referiu Juan Somavia, responderia a um vazio e poderia ser um instrumento para lidar com a actual crise.
Juan Somavia, que está em Lisboa a participar na 8.ª reunião regional europeia da OIT - que termina na sexta-feira - defendeu ainda o diálogo e a articulação de medidas a nível internacional como meios para responder à actual crise.
"Temos de trabalhar em conjunto, se não o fizermos as medidas não serão articuladas e não terão um efeito global", precisou.
A articulação de medidas foi também defendida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que alertou para o facto de os países terem de evitar "as armadilhas do proteccionismo".
Sublinhando que a Europa tem condições e deve participar na construção da nova ordem mundial, José Sócrates adiantou que o modelo social europeu deve ser tido em conta nesta nova ordem mundial.
Mas, ao mesmo tempo, condenou soluções de combate à crise que potenciem o proteccionismo ou a redução dos direitos sociais.
O primeiro-ministro precisou ainda que as respostas para combater a crise não podem ser as mesmas que estiveram na sua origem. Juan Somavia referiu também que já existia uma crise social antes desta crise económica e financeira e que era visível através da sobrevalorização do mercado e na desvalorização da dignidade do trabalho. "Esta crise apenas veio reforçar a nossa agenda por um trabalho digno", referiu.
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