Ainda as vacas da Praça de Espanha. Um texto de loucos.. Basta lê-lo..
Nota prévia (sobre a vaca):
... Um texto que, ainda que sobre vacas, não deixa de ser uma peça de humor post-moderno digno duma representação mais dramatúrgica. Sugiro uma peça n' A Barraca - com o título - "Vacas normais - mas acompanhadas por loucos." Se isto dinamiza o turismo nos Açores - aquelas vacas ainda viram modelos profissionais a desfilar na passarelle e a vender xailes e queijo Roquefort no El Corte Inglês. Na realidade, mesmo que nos esforcemos por sermos normais, é a realidade que desafia a fantasia, não lhe deixando espaço algum para brilhar. Esperemos agora é que não seja esta a "consultora" que irá tratar da imagem/marketing ao psd nas próximas eleições. Sob pena de os comícios laranjinhas se passarem a realizar no Jardim Zoológico, Campo Pequeno, coutadas por esse Portugal-profundo e espaço conexos.
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«É um absurdo que os animais sejam sujeitos ao stress causado pelo trânsito da Praça de Espanha, onde passam milhares de veículos todos os dias. Além disso, estes animais não têm um pasto adequado e estão sujeitos ao mau tempo, especialmente à chuva dos últimos dias», esclareceu ao PortugalDiário Miguel Moutinho, da Associação de Defesa dos Direitos dos Animais, ANIMAL.
Já a consultora Brand Builders, responsável pela campanha idealizada para a Associação de Turismo dos Açores, esclareceu que «todos os requisitos legais foram cumpridos», adiantando que, no local, estão dois tratadores e um veterinário em permanência. «Ao mínimo sinal de stress as vacas serão retiradas», garantiu ao PortugalDiário Paulo Moura Mesquita, CEO da Brand Builders.
Vacas não são dos Açores
«Sim, as vacas estão bem», declarou um dos tratadores que está de «vigia» aos animais e que pouco mais pode adiantar por ser romeno e não dominar o português. No pasto, as nove vacas, separadas em vários locais e confinadas a cercas, parecem indiferentes a toda a polémica.
Apesar de promoverem o turismo no Açores, no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre até dia 25 de Janeiro, os animais não vieram das ilhas porque «o transporte seria complicado e há que ter em conta o ambiente natural dos animais, precisamente para prevenir situações de stress», explicou Paulo Moura Mesquita.
A consultora garantiu ainda que «a dimensão dos espaços onde se encontram é adequada à quantidade de vacas por espaço» e «em termos de exposição às condições meteorológicas, os animais têm exactamente o mesmo tipo de exposição que na exploração de origem, ou seja ao ar livre, que é o ambiente natural das vacas».
Respeito pelo animais
A associação garante ainda foi alertada para o caso através de mails e telefonemas de «cidadãos indignados com o que estava a acontecer. Já recebemos centenas de queixas e estamos a encaminha-las para as autoridades competentes», adiantou Miguel Moutinho.
A polémica causada pela campanha não deixa indiferente quem passa e há mesmo quem saia de casa com o intuito de ver com os próprios olhos. É o caso de Áurea Fernandes, de 73 anos, que disse ao PortugalDiário: «Vim de propósito ver porque não queria acreditar».
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