segunda-feira

O sr. dr. Oliveira e Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos fiscais de Cavaco Silva

Oliveira e Costa aparece aqui ao lado de Luís Figo, também accionista do BPN e um player importante no lançamento de acções de promoção da instituição financeira no mercado. Na prática, Figo acabou por "vender" a sua notoriedade como futebolista para ajudar a projectar a imagem institucional do BPN. So far, so good. Estranho é o facto do dr. Oliveira e Costa se mostrar sempre indisponível a esclarecer aspectos de gestão corrente do BPN, escondendo-se metódicamente dos media ou de quem o possa interpelar. Ainda ontem, como relata o Sol, José Oliveira e Costa pediu o «afastamento de todos os cargos que ocupa» na instituição.

Para encontros do banco o homem aparecia e revelava uma saúde de ferro, quando as coisas aquecem - esconde-se como o diabo foge da cruz. Terá, seguramente, de esclarecer múltiplos aspectos da contabilidade criativa que envolveu o BPN em actividades irregulares que agora terão de ser apuradas. Esperemos que a culpa não morra solteira.

Em nome da crise, dos clientes, do sistema financeiro português e das milhares de empresas e de pessoas que individualmente possam ter sido afectadas pela gestão danosa que, alegadamente, Oliveira e Costa - na qualidade de presidente do banco, terá de responder.

Mais importante do que a contabilidade criativa e a gula e ganância financeira de algumas pessoas está o estado de direito em Portugal.