"Obras públicas não reduzem desemprego." Da hibernação da asneira à asneira patente
O desemprego é o principal problema do país, aponta Manuela Ferreira Leite, in TSF/DN
Obras públicas não reduzem desemprego
RTP
O desemprego é o principal problema do país, aponta Manuela Ferreira Leite
Manuela Ferreira Leite voltou a defender que as grandes obras públicas vão retirar verbas importantes para auxiliar as famílias e as empresas portuguesas, neste contexto particular de ausência de crescimento económico. A presidente do PSD questiona a construção e a rentabilidade do TGV.
Manuela Ferreira Leite quis esclarecer que não está contra as obras públicas, mas antes “contra o facto de se pensar que a política de obras públicas é uma política de crescimento da actividade económica – não é!”.
A principal crítica que aponta ao Orçamento de Estado para o próximo ano deve-se ao facto de este implicar uma visão do crescimento da economia nacional “através do investimento público”. Neste sentido, Manuela Ferreira Leite é peremptória: “não se pense que a política de obras públicas vai fomentar o crescimento do país, porque não vai”.
A líder do PSD sustenta que a política de obras públicas não irá resolver aquele que considera ser o principal problema do país: o desemprego. “A prioridade neste momento é o desemprego, um problema social sério. Quando olho para o Orçamento e vejo que aquilo que se perspectiva para o próximo ano, assumido pelo Governo, conduz à mesma taxa de desemprego…”
As obras públicas poderão ajudar a reduzir o “desemprego de Cabo Verde” e da Ucrânia, cujos imigrantes encontram emprego na construção civil, mas não resolverão o desemprego dos jovens licenciados portugueses, nota Ferreira Leite.
Ferreira Leite considera que defesa do emprego será nas PME
A estrutura da economia portuguesa assenta nas pequenas e médias empresas (PME), aponta Ferreira Leite. “É aí que se defende o emprego (…) Se as PME não tiverem qualquer tipo de política que lhes seja dirigida, para sobreviverem a essa situação, então com certeza que vai aumentar o desemprego”, avisa.
Considera que o pagamento das dívidas do Estados às empresas não irá ter efeitos imediatos, mas reconhece que as PME estão “estranguladas” por causa da falta de pagamentos.
A presidente do Partido Social-Democrata nota que era diferente o momento económico em que foi ministra das Finanças, altura em que se exigia a solução do défice público dentro de um ano sob pena de perda de acesso aos fundos estruturais.
A emissão de dívida pelo Estado para pagamento das suas dívidas seria um cenário que contaria com o aval de Ferreira Leite desde que se tivesse em consideração as consequências de um aumento do endividamento externo do país.
Subida de salário mínimo foi negociada noutro contexto económico
“O salário mínimo é realmente muito baixo e, portanto, ninguém pode estar contra aumentá-lo”, responde Ferreira Leite, que considerou que o anúncio de José Sócrates na semana passada “roçou o nível da irresponsabilidade”.
“O primeiro-ministro fez um anúncio e discordei da forma de o anunciar”, esclarece. Ferreira Leite nota que o acordo para a subida do salário mínimo nacional obtido em Concertação Social “existe num contexto em que o país crescia 2,8 por cento” e que, face ao novo contexto, deveria ser convocado novamente o Conselho de Concertação Social para analisar a concretização da medida.
Governo não responde a requerimentos
Em entrevista ao “Diário de Notícias” e à TSF, a líder do PSD admite que desconhece os estudos sobre o TGV porque o Governo nunca respondeu a nenhum dos requerimentos apresentados pela forca política a que preside.
A líder do principal partido da Oposição criticou a forma como o PS utiliza a maioria absoluta, admitindo tratar-se uma marca da personalidade do primeiro-ministro.
“Chegámos, no outro dia, ao cúmulo de ver uma proposta nossa reprovada para de seguida ser aprovada uma exactamente igual àquela que tinha sido proposta por nós. Ou seja, basta vir do PSD para ser imediatamente reprovada. Isto não é democracia!”, lamenta.
Raquel Ramalho Lopes, RTP
2008-11-02 09:21:47
Obs: Sempre desconfiei que a srª Ferreira leite não joga com todos os parietais, sempre que aparece comprova essa anomalia gritante na política. Enquanto estava hibernada - o peso do silêncio e da invisibilidade poupava-a ao dislate e à asneira corrente, agora que emergiu esse peso da calinada é maior. É assim em assuntos de politica económica - micro e macro, em questões de segurança de Estado, nos assuntos de natureza cultural não valerá a pena comentar. As suas contradições são tantas e tão graves, que ela própria - enquanto fala - cava a sua própria sepultura política: nos investimentos públicos, na questão dos rendimentos, etc. A sua ineptidão para a política é tal que ela própria nem se apercebe. O PSD deve ter apostado com "alguém" em como conseguiria colocar a Lapa a pior líder que já lá passou. E ganhou - através do Congresso de Guimarães. Mas o país, a oposição e os portugueses perderam. E perderam porque a Manela Ferreira leite nenhum contributo dá para equacionar os problemas de Portugal e apresenta uma única ideia para o valorizar. Mas isso já se sabia, à luz do seu background, ainda assim se apostou no vazio. Hoje é o vazio que sopra nessas entrevistas tão banais quanto absurdas. Resta-lhe só as queixinhas em Belém..., que tenta fazer da srª alguém na política em Portugal, mas já percebeu que (também) não vai lá. Convoque-se novo Congresso...
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