Jornalismo pit-bull

O mau jornalismo visto pelo Camara Corporativa

Já sabíamos que o suplemento Economia do Público é à prova de bala. A realidade, designadamente a económica, é um assunto tabu. No suplemento de hoje, após uma semana conturbada, os temas são todos originais e, sobretudo, interessantes: “Aprenda a segurar o seu emprego”, “Grupo Tata controla derrapagem do Nano”, “Salários: um assunto delicado”, “Escassez de água pode vir a ser a mais grave de todas as crises”, etc., etc.. Quem sabe se uma edição preparada tempestivamente na silly season?Mas o que me chamou a atenção foi o artigo assinado por Luís Aguiar-Conraria, que pretende alertar-nos para o problema da corrupção — naquela acepção vaga que dá fôlego às conversas de café.(...)

Obs: "Conversas de café" essas que hoje são mais afectadas pela descida drástica do valor das acções cotadas em bolsa, de que o grupo sonae já perdeu uns milhões. Sabe-se, contudo, que a queda de leitores do Público - por força do mau jornalismo (feito à base de manchetes pit-bull) - está em linha com a queda das cotações em bolsa do grupo. Um dia Belmiro farta-se de perder riqueza e posição no ranking dos homens mais ricos de Portugal - e acorda da letargia em que navega guindado por um tal Fernandes e substitui o elemento por um promotor de marketing-de-prateleira do hiper-Continente e depois passa a vender o pasquim da sonae com um rabo de bacalhau como brinde mais a possibilidade ao seu cliente de ganhar de uma viagem (de casal) a Porto Brandão e Cacilhas com passagem pelo Cristo-Rei e a oferta de dois telemóveis da rede optimus. Tudo pago pelo grupo do Norte.