domingo

Os portugueses e os gays

Num dado espaço público da capital e enquanto o "zé povinho" aguardava pelo bus - passa um casal-gay, como também aqui os afectos são mais do que naturais - íam abraçados, fazendo um deles o papel de namorado - do namorado, colocando o bracinho sobre o ombro do companheiro. No fundo, como fazem os casais heterosexuais.
Toda a gente em redor - assistiu aquela passagem com verdadeira indignação e reprovação nos olhares. Depois desencadeou-se um diálogo bárbaro entre os circunstantes que continha estas pérolas: "qualquer dia, diz uma, os filhos casam com os pais, as mães vão para a cama com as filhas e os irmãos também não escapam à marmelada".
Confesso que ainda tentei manter uma pose séria, mas já não sabia se havia de rir se chorar.
Fui a pé, e continuei a pedir a Deus por me manter dentros dos padrões sexuais com que vim ao mundo, e dele hei-de partir.