Paulo Rangel, a Espanha e as espanholas. Recuperar Eça de Queirós
Ontem na AR o líder da bancada parlamentar o PSD referiu-se à opção que Portugal seguiu em matéria de política internacional e de boa vizinhança no quadro Ibérico como se de um erro político se tratasse. Depois reforçou a nota metendo nesse caldeirão o alegado sucesso do Brasil. Rangel, porventura, desejaria que mantivéssemos melhores relações políticas, económicas e comerciais com os países do Corno d´Áfica... Mas o engraçado da coisa reside na constatação da própria evolução dos tempos. Para Rangel, Espanha deve ser olhada com suspeição, o que nos obriga a recuperar a Obra de Eça de Queirós e de algum esprit dos tempos do séc. XIX. Um tempo em que, segundo Eça, Ir às espanholas significava gozar num paraíso sexual, v.q., a mulher espanhola era vista como a amante ideal para gozar. A dado passo da obra-prima, Os Maias - Eça refere-se aquele povo nestes termos: - E Vossa Excelência deve sabê-lo, Sr. Maia, porque tem experiência de espanholas!
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