quinta-feira

O debate da Nação. Notas macroscópicas

THE STATE OF THE ART
Apesar das dificuldades sociais e económicas sempre é preferível compreender a necessidade das reformas sociais e económicas de Sócrates do que pensá-las à luz da governação do governo anterior, com um défice galopante na casa dos 6%. É que agora, ainda que com dificuldades, conhecidas de todos, e que vão desde a alta do petróleo à inflação dos alimentos e taxas de juro, apreciação do euro face ao dólar, e endividamento dos portugueses, ainda há algum rigor nas contas públicas para criar folga financeira e permitir apoiar os idosos, garantir pensões melhores, aumentar o salário mínimo, reforçar o apoio às IPSS, apoiar as famílias - designadamente ao nível do abono de família, abono pré-natal às grávidas - a fim de promover a Justição social. Tudo coisas que Ferreira Leite não sonhou, quanto mais pensou um dia realizar.

Sócrates oferece os estudos do TGV ao novel líder do PSD, Paulo Rangel - que se recusa ir à net consultá-los. Se calhar ainda lá encontra Ferreira Leite com o rolo da massa na qualidade de ministra das Finanças. Porventura, não é porque desconhece o http://www.qualquercoisinhadalapa.psd/ - mas sim porque se recusa a frequentar o meio virtual porque, defendeu, a AR ainda não se tornou numa democracia plebescitária on line. Confesso que apreciei ver Paulo Rangel eriçado, contrasta com o seu estilo bonacheirão de alma pacífica, fez um papel mais sustentável do que aquele que o precedeu, o grande Santana, mas também não era difícil. No entanto, sugira-se a Paulo Rangel que as sessões de debate no Parlamento não são aulas de História do Direito. Portanto, como diria um seu amigo - "habitue-se" e, conforme referiu Alberto Martins, seria útil que não se convertesse numa sensibilidade de nenúfar...
Paulinho Portas dos combustíveis e dos pensionistas faz sempre um número: desta vez parece que esbulhou as facturas da Galp ao deputado comunista Honório Novo para "bater" nos exageros das petrolíferas quando usurpam os seus clientes nas facturas que pagam. Pediu também ao governo mais apoios para os idosos terem uma comparticipação na compra de medicamentos. É bonito isto... Portas não desiste de meter mais um deputado à boleia dos votos dos idosos em Portugal. Quando estes souberem da verdadeira demagogia e populismo subjacente às verdadeiras intenções do ex-jornalista guerrilheiro do Indy ainda lhe tiram mais dois deputados, e reduzem o cds ao partido do monolugar.
Manuel Pinho já deve estar a pensar no seu Audi a electricidade amigo do ambiente... Terá razões para sorrir. E com ele sorrirem milhares de tugas que passarão a mandar o petróleo às malvas com esta janela de oportunidade através dos novos investimentos nas energias renonáveis aplicadas ao sector automóvel que aposta nos carros a energia eléctrica. Se calhar as barragens não são assim tão má ideia...
Louçã deve ser urgentemente submetido a um programa intensivo de reciclagem e de civismo a fim de renovar o seu inapropriado léxico terrorista. Ainda pensa que a AR recria o ambiente de uma RJA da década de 70... Ainda consegue ser mais demagogo do que o Paulinho dos combustíveis. Permite-se a isso porque sabe que nunca será governo. Terá também ido a Espanha fazer o tour demagógico com o Paulinho dos combustíveis!?
No final, o PS escolheu o patrono Vera Jardim para, num improviso interessante e demolidor para toda a prestação retórica e meio balofa de Paulo Rangel, demonstrar-lhe que foi ele, Vera Jardim, quem viveu em verdadeira ditadura - experienciando, portanto, esse "dirigismo e claustrofobia democrática" rangeliana, mas que hoje desconhece em tempos de verdadeira democracia. Será que Rangel sabe às quantas anda e em que País vive?! Em função desta prestação, já estou a ver o douto Marcelo atribuir-lhe um [13 +] na sua próxima missa domingueira...