quinta-feira

Sócrates "joga" com as energias renováveis e "mata" cerce a oposição nas vésperas do debate da Nação. Isto é governar, prever para prover

NOTA PRÉVIA: THE SATE OF THE ART

Sócrates é um líder com ressonância: senão ficar na história geral da Europa do 1º quartel do séc. XXI como o principal impulsionador do Tratado de Lisboa [que só conta com "duas ovelhas negras" - a Irlanda e a sempre devastada Polónia que vive o trauma da história entalada entre a Rússia e a Alemanha ao não ratificar constitucionalmente o respectivo tratado, coisa que se resolve com dois cheques assinados por Barroso .. -] ficará registado como um player vitaminado que impulsionou a introdução dos carros a energia alternativa ao petróleo neste canto da Europa.

Tudo - hoje - mais do nunca desagua em Sócrates, é ele que terá de moldar as acções e as reacções dos outros. Ele será assim uma espécie de chefe de grupo de jazz que terá, simultaneamente, de funcionar como o elemento referenciador-fundador da estratégia geral a seguir bem como assumir o papel do músico para quem todos olham e através de quem se vai buscar as deixas emocionais.

Ou seja, Sócrates, sobretudo com uma oposição sem plano ou projecto alternativo para Portugal, terá de continuar a gerir as marcações de espectáculos e a logística, e, quando se tratar de decidir qual a música que vai interpretar a seguir ou como é que o som deve ser ajustado, também deverá ser o membro dominante - o líder emocional. E isso é tanto mais assim quanto mais o petróleo subir, os alimentos encarecerem e a inflação geral disparar.

Sócrates, ao invés de Ferreira Leite, sabe que terá de ser um líder com ressonância - que potencie os tons emocionais positivos; Leite - já provou ser a líder dissonante - encarregue de multiplicar a imagem da desgraça e espalhar a angústia pela cidade com o fito de aumentar a toxicidade política geradora de desmotivação e apatia no País. Pois é assim que a dama-de-ferro - secundada por Paulo Rangel no Parlamento - alimenta a esperança que o país se vire para ela e para o psd saído de Guimarães.

Numa palavra: Sócrates procurará colocar um tijolo sobre outro, agora a toque de electricidade (desactivando aos poucos a economia gananciosa do petróleo); Ferreira leite é a governanta do martelo pneumático que vai por trás escavacar a parede em construção...

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Goste-se ou não de Sócrates, aprecie-se ou não o seu estilo - tem que se admitir que o homem não pára. É um líder energético, vitaminado e mineralizado capaz de manter os outros ocupados fazendo o melhor trabalho possível. Criando um ambiente emocional que estimula inovações criativas capazes de gerar melhores desempenhos na sociedade - ajudando a economia a ser mais sustentável. Mesmo perante as sérias adversidades que nos paralisam a acção e geram inflação, desemprego e um baixo crescimento económico - que está na exacta medida da participação e da qualidade da oposição política em Portugal.

Os carros eléctricos serão a melhor saída para o choque da alta do petróleo. Eis o projecto das grandes construtoras - Renault-Nissan - que escolheu Lisboa para apresentar o seu novo carro eléctrico, que terá uma autonomia de 200 quilómetros. (ler mais aqui) e não polui o ambiente.

E é assim que Sócrates marca a agenda política no debate da Nação. Governar é prever, não obstante as dificuldades económicas e sociais por que os portugueses atravessam.

Mas valerá a pena perguntar como estaria hoje Portugal se o psd estivesse no poder. Seria de fugir. Com Ferreira leite, é um susto... a avaliar pelas suas generalidades em matéria de políticas económicas e sociais.

Arranje-se também um carrinho eléctrico para a dama-de-ferro - mercê das isenções fiscais que o Governo PS ora concede ao sector automóvel que aposta nas energias renováveis - e que Ferreira leite agravou quando foi ministra das Finanças ainda há muito pouco tempo.

Com isto até Paulo Rangel poderá apanhar algum choque nos bornos da bateria no poder no hemiciclo. Veremos como irá carburar...

Voilá, a encomenda...

Cujo projecto é coadjuvado pelo ex-ministro de Santana, António Mexia. Qualquer dia teremos a srª Ferreira leite como adjunta de Teixeira dos Santos... A energia eléctrica para não poluir (mais) os portugueses.

PS: Pergunte-se a Ricardo Salgado e ao engº Belmiro de Azevedo se já encomendaram os seus BMWs e Mercedes a eléctricidade em pó... Sabe-se que o sr. eng. Jorge Jardim Gonçalves - ex-presidente do "milhénium" já começou a transformar o motor do seu Jaguar de modo a convertê-lo de gasolina para energia eléctrica. E o comendador Joe Berardo ainda aparecerá no "seu" CCB de Chevrollet com uma ventoinha gigante no capô - dizendo que é o primeiro projecto de carro eólico na Europa - cuja vantagem depois é transformá-lo numa valiosa peça d' arte - a integrar a sua já rica colecção.

Enfim, Portugal vive momentos únicos neste comboio da história mundial, em que a realidade está constantemente a ultrapassar e a surpreender a ficção.

Depois de todo este esforço e determinação do Governo, ante a inércia e tacanhez da oposição, não me admiraria que uma vez vencida a crise se descobrisse uma jazida de petróleo nos terrenos que envolvem o CCB e o Mosteiro dos Jerónimos - com ramificações pelos pastelinhos de Belém - que assim gozariam de mais uma fonte de riqueza. Esperemos é que depois não se regresse ao petróleo...