terça-feira

Louve-se o trabalho da GNR - extra-muros mas na linha duma continuidade histórico-cultural

Nota prévia Macro:
Para quem pensava (ainda) que a corporação era uma força militarizada que só perseguia jovens que atiravam às andorinhas na década de 70 (do séx. XX), guiavam os seus Jeeps com níveis de alcoolémia preocupantes no sangue, multavam condutores nesse estado, deixam crescer a barriguinha a ponto de não conseguir correr atrás dum cágado - estão hoje literalmente enganados. Uma nova geração de quadros, mais capazes, está hoje no terreno e como está melhor preparada a todos os níveis, como o episódio que veio a manifestar-se em Timor-Leste. Portanto, louve-se o trabalho da GNR, neste caso extra-muros...
Timor-Leste volta a viver dias de incerteza depois de uma ousada tentativa de decapitar a sua liderança.O presidente Ramos-Horta foi baleado e está internado em estado grave num hospital australiano. Os homens do Subagrupamento Bravo foram os primeiros a chegar junto do ferido e a sua intervenção foi crucial. Se não fosse a GNR o presidente Ramos-Horta estaria morto”, disse ao CM o comandante do subagrupamento Bravo em Timor-Leste. Foram os militares e um enfermeiro do INEM quem o encontraram no chão à entrada da casa, sozinho e gravemente ferido com dois tiros no corpo, um no tórax e outro no estômago. Ramos-Horta foi operado em Díli e evacuado para Darwin, Austrália, onde foi submetido a nova intervenção cirúrgica. O seu estado era ontem descrito como grave mas “estável”.
  • Por volta das sete da manhã a GNR recebeu um telefonema de um cidadão timorense a alertar para um tiroteio junto à casa do presidente, à saída de Díli, junto à praia da Areia Branca. “Fomos para lá imediatamente com 11 elementos das operações especiais e quando chegámos já estavam três corpos no chão”, contou o tenente Carlos Correia, da GNR.
    Por sorte o enfermeiro Jorge Marques foi com os homens da GNR e prestou os primeiros socorros a Ramos-Horta. “Encontrámos um homem de bruços no chão e só quando o virámos é que vimos que era o presidente”, explicou ao nosso jornal Jorge Marques. “Estava a sangrar abundantemente e tinha dores violentas. Esteve sempre de olhos fechados mas consciente. Respondia às perguntas de carácter clínico e nada disse sobre o que tinha acontecido. Já no hospital de campanha australiano em Díli, Ramos-Horta foi também tratado pela médica do INEM Fátima Santos. “Foi operado mas não está livre de perigo. Corre alto risco de vida durante os próximos dias porque foram atingidos órgãos vitais e também foi ferido o pulmão direito”, salientou Fátima Santos antes de o presidente ser evacuado para Darwin, onde foi novamente operado.