segunda-feira

Notas Soltas - por António Vitorino -

Incontornável a situação em Timor-Leste: a tentativa de decapitação do Estado de Timor Leste deriva de desespero e duma vendetta filha duma cultura de violência como lapidarmente salientou António Vitorino.
Timor é hoje um pequeno país em convulsão social, com uma população jovem, com muitos desempregados que não sentem que as autoridades se aproximam deles a fim de resolver os seus problemas.
Esse distanciamento ou gap entre o poder político e as questões genuínas que afecta a sociedade pode estar na origem daquela violência e desespero, um pouco gratuita. Mas que terá, certamente, consequências junto dos seguidores do autor do crime que acabou por morrer pelas forças de segurança de Ramos-Horta, ainda nos cuidados intensivos. Fez-se a independência para isto, para uma guerra intestina entre um bando de guerrilheiros que resolveu a via das armas para resolver problemas sociais. Enfim, um caso a seguir...
Quanto ao PS de Manuel Alegre - que ontem aqui qualificámos de menino-velhinho-guerreiro que padece do síndrome da puberdade política retardada - AV entende que o poeta lançou mais um aviso à navegação. Sugira-se a Alegre que invista mais nos escritos e nos poemas.
Entretanto, Barack Obama segue numa trajectória ascendente, apesar de muito renhido. Convem referir que agora falta convencer os mais jovens a convencer os mais velhos, os seus pais e avós, a votar em Obama em nome do seu projecto modernizador e de mudança geral que partilha para a América. Aposte-se em Obama, hoje o negro hoje mais branco do mundo. Embora aqui a ressalva de António Vitorino faça pleno sentido, pois seria pernicioso entregar a designação do vencedor do Partido Democrata aos tais superdelegados - como se a democracia pluralista, nesse momento e com esse nível de responsabilidade para a terra do Tio Sam e para o mundo - ficasse entregue a tamanha subjectividade.
Ideia que é complementada com o turismo rural que Santana Lopes anda a fazer pelo Portugal-profundo - e a que os indígenas pensam tratar-se de mais um E.T. em fim de ciclo que resolveu atracar por alí, como aquelas carcaças da Lisnave que poluem a paisagem da outra banda, além de dificultar ainda mais a visibilidade de Meneses junto da sociedade. Qualquer dia ainda vemos Santana Lopes a operar numa grua da Admni. do Porto de Lisboa - que agora passa a ser tutelado pela autarquia de Lisboa.
A que o populismo chegou...
PS: Confesso que fiquei nervoso quando AV evocou o nome de AlBerto J.Jardim para referir que no final do ano veremos. Naquele filão de ideias ainda pensei que o analista sublinhasse uma frase que Jardim costumava, altercadamente, soletrar nos congressos do PSD: isto tá tudo grosso... É o que se passa hoje na Lapa pela dupla maravilha de Lopes & Meneses, e eles parecem que ainda não sabem...