Paulo Portas ainda fez pior figura do que Mário Lino
Tenho sempre um certo "nojo político" ao ver as declarações pretensamente moralistas de Paulinho das feiras, que já foi das lavouras. Recuemos na história para aferir a miséria do pensamento do ex-Director do Indy que, enquanto tal só tinha um objectivo: abater os ministros do governo Cavaco Silva nas manchetes do Indy.
Recordemos a história:
A 17 de Julho de 2004 - ocorre aquela vergonhosa Tomada de posse do XVI Governo Constitucional de Portugal, a toque de Lexotan e de Xanax com Santana a dormir em pé no Palácio da Ajuda e, literalmente, aos papéis, como que prenunciando aquilo que viria a ser a sua lastimosa prática política nos 6 meses subsequentes. Infelizmente, a história dos factos ainda foi pior com Belém a demitir Santana por haver uma crise no normal funcionamento das instituições, com ministros a trairem-se publicamente, sob o olhar impotente do então-PM.
Mas foi no meio dessa cegada política que Lopes nomeia Paulinho Portas - Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar. E foi aqui que Portas fez uma boquinha e uma figura que, creio, foi bem pior do que aquela que Mário Lino fez em todo o processo de tomada de decisão que rodeou a escolha do local para a construção do novo aeroporto internacional de Lisboa. Ao menos Lino ainda inventou "uma piada sem piada que acabou por ter piada" e meteu o País a rir e a blogosfera a ser hiper-criativa com base no Deserto da outra banda. Ao invés, as piadas do Portas são piadas do Parque Eduardo VII. Piadas de Feira do Livro em fase decadente, que, obviamente, não têm piada alguma. Só merecem censura e envergonham o Estado que ele, um dia, chegou a representar. Portas já há muito que se devia deixar de falsos moralismos, sobretudo por parte de quem tem imensos telhados de vidro.
"Dos Assuntos do Mar!? Quem, eu? Onde é que eu já ouvi isto?"
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