Republico aqui este mail tal qual me chegou à caixa de correio. E solidarizo-me com aqueles que orientando a sua vida para o ensino agora descobrem um País "deserto" de crianças e adolescentes deixando aqueles docentes sem razão de existir. Portugal começa a viver o drama de 500 - em que o rectângulo se tornou pequeno demais para os que cá estavam, e o mundo acabou por ser o pano de fundo onde a história se desenrolou. Creio que esta crise - que é mais estrutural (do que conjuntural) começa a configurar circunstâncias convergentes com o mundo de 500. O que é tanto mais preocupante porque, consabidamente, hoje já não somos pioneiros em nada, além de que o mundo já está todo descoberto, povoado e saturado. As colónias, as situações de discriminação social, de desigualdades, etc, ocorrem hoje no chamado muro interno do Euromundo. Hoje somos colonizadores de nós próprios, e o reconhecimento de impotência por parte quer dos agenets políticos quer do próprio mercado não augura nada de bom. Até dá vontade de parafrasear Lenine e perguntar: QUE FAZER?
AS FILAS PARA O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO
O que se passou com o concurso 2007/2008 para professores do ensino básico e secundário seria já de si uma tragédia social se apenas dissesse respeito a recém diplomados em formações da área do ensino, mas é-o muito mais por abranger também professores com tempo de serviço no sistema, sendo a maior parte deles professores profissionalizados.
As Federações Sindicais de Professores têm razão em manifestar a sua preocupação com a situação e em chamar a atenção para as dificuldades de atendimento às longas filas de professores que vão requerer subsídio de desemprego.
Fica-lhes mal porém omitirem que aos docentes do ensino superior que ficam desempregados nem sequer é reconhecido o direito de estarem nessas filas. Por terem ficado de fora da solução negociada em 1999.
Saudações académicas e sindicais
4-9-2007
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