quinta-feira

O apagão ao Centro de Estudos do Pensamento Político

Não, não é Salazar. É adriano Moreira. O que diria este homem acerca do que hoje se passa na Escola que ajudou a fundar mas também a destruir?!
Há tardes terríveis: a intensidade do sol a bater-nos da mioleira leva-nos a surrealizar e a ficcionar uma realidade que já é, de per se, malvada e coxa. Direi coxa - literalmente, porque se calhar concebida e executada por coxos e míopes que nem sabem onde fica a tecla Esc: coxos mentais, físicos, psicológicos, de feitio e o mais. Pessoas objectivamente vingativas. Não me admiraria que amanhã - já com o caso na PGJ - que deverá ser a sede de apuramento em relação à alegada purga infotecnológica que ali se passou com o apagamento daquele site que servia milhares de alunos na área das Ciências Sociais (Ciência Política e Relações Internacionais) em Portugal e no espaço da lusofonia - que fosse o próprio fundador da escola, numa daquelas suas intervenções papais a meio caminho do Prós & Contras e dum retiro de Fátima com os olhos postos no Opus Dei - viesse explicar o que, de facto, se passou naquela tarde de Agosto em que o alegado crime tecnotrónico se consumou.

E a explicação é simples: depois de ingerirem suficientes quantidades de bebidas, os homens começam a chorar e a lamentar-se pela vida que têm, por serem indignos, moral e éticamente, sofrerem o desrespeito dos seus próprios filhos e da sociedade. Portanto, o recurso ao alcóol é uma forma de libertação desse sentimento de culpa por ter destruído o trabalho intelectual de terceiros que aproveitava a milhares de alunos.

Naturalmente, a motivações velhacas da condição humana estão aí, repetem-se ciclicamente e, por vezes, da forma mais torpe, canalha e primitiva - denunciando a mão do(s) mandante(s). E são esses novos senhores do poder que assaltaram o ISCSP que amanhã terão de explicar o que fizeram e porque razão o fizeram. Na certeza de que aqui a psicologia do indivíduo e o lugar que ele ocupa numa organização é importante para conhecer algumas dessas motivações.

Mas esse trabalho de investigação caberá à PGR e também à Inspecção Geral do Ensino Superior - que poderá aproveitar a onda dos problemas da Moderna e da Uni e fazer uma escala em Monsanto para apurar efectivamente o que alí se passou. Ou seja, se foi uma malvadez simples ou uma malvadez composta, e por quantas mãos foi executada...

O Macroscópio promete que quando essa "jana" for apurada divulgará aqui a "trombinha" dos trastes que geriram esta alegada vingança académica no pior que ela encerra de "filha-de-putice" que ainda existe na academia lusa neste III milénio.

E eu a pensar que já tínhamos passado a fase medieval e bárbara deste miserável 11 de Setembro made in universidade lusa.