Crimes silenciosos em replay...
Numa reflexão abaixo - com o mesmo título - aduzimos alguns pressupostos com base nos quais quer o tráfico de droga quer o de crianças - pode convergir em alguns aspectos, sendo que nessa relação criminosa existe um traficante, um consumidor e um agente de controlo social, espécie de supervisor-mor que enquadra e disciplina esse crime apagando-o da sociedade e do braço da lei. Registam-se algumas reacções tão nervosas quanto curiosas no caso da menina inglesa desaparecida do Algarve, e a fisionomia e fisiologia dessas reacções - por acção e por omissão - demonstram que a maioria dos crimes, em geral, obedece a uma sequência temporal que tem a particularidade de proporcionar aos seus autores uma vantagem imediata, mas mais tarde tal acarreta muitos amargos de boca.
Ou seja, aquilo que parece racional e linear no curto prazo afigura-se irracional e até absurdo no médio e longo prazos. A questão que envolve o desaperecimento da menina inglesa revela-nos como as três dimensões do tempo vão e vêm à velocidade da luz, na praia com o mesmo nome (irónicamente): agora o passado saltou para o presente, esperemos que o presente faça luz sobre o futuro. E o mais grave é que o futuro vai-nos reservar mais patologias, crimes e desvios em tudo semelhantes a este que estamos vivendo em directo para o mundo.
Até parece que isto é alguma aposta entre dois diabos: um branco e outro negro, um está apostado em promover o Allgarve, o outro está a tentar denegri-lo. Ambos fazem um péssimo trabalho, porque com métodos diferentes chegam ao mesmo resultado.
Veremos se a PJ começa a fazer aquilo que já há muito deveria ter feito: ouvir cada membro do casal individualmente, por razões óbvias...
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