terça-feira

Fernando "Pretão" prefigura-se como um delegado...

É curioso notar que Negrão apelida António Costa de "delegado" do governo na autarquia, mas quem parece um delegado de propaganda médica aqui é ele. Basta meter nas mão do dito duas coisas: uma embalagem de Xanax e um ticket para as Maldivas, salvo seja... "Ó pra ele a convencer o médico"..
A proposta do candidato socialista às eleições de Lisboa, António Costa, de celebração de um contrato do Município com o Governo para o seu saneamento financeiro foi criticado por Fernando Negrão, candidato do PSD. “A grande proposta significa meter o Governo na Câmara de Lisboa”, considerou o social-democrata. (... - link)
Obs: Confesso que tinha algum respeito intelectual por Fernando Negrão, mas com a equipa que escolheu, o refugo do refugo, e o baixo nível político da sua campanha sou empurrado a mudar de ideias. Se calhar até com efeitos retroactivos. Negrão esquece-se o que foram as interferências sistemáticas de MMendes na débil gestão de manga-de-alpaca levada a cabo por Carmona em Lisboa - cercado que estava pelos caciques das secções de voto do PSD; esquece-se das dezenas de assessores sem qualificações intelectuais, técnicas e outras metidas por via do Preto, MMendes e outros - exaurindo os cofres da autarquia sem nenhuma contrapartida para a cidade; esquece-se de que foi MMendes quem tentou directamente converter a autarquia da Capital num Centro de Emprego da S. Caetano à Lapa - aprisonando ainda mais Carmona - e levando Maria José Nogueira Pinto, e bem, a dar o golpe de misericórdia naquela aliança precária e contra-natura - népota e altamente corruptiva na Capital.
Das duas uma: ou Negrão é parvo, faz-se de parvo, ou anda a comer muito queijo e pensa que será assim que vai conquistar um voto a mais na Capital. Está enganado: assim ele termina com um score eleitoral semelhante ao de Helena Roseta. Darão dois razoáveis vereadores: a Lena para os espaços verdes, o Negrão no combate à seringa e à toxicodependência, sua grande especialidade.
Esperemos não apanhe nenhuma pedrada que o faça andar pela Praça de Espanha todo despido e aos berros às 4 da madrugada - depois de ter tentado esbulhar a cabeça do leão que acompanha o Marquês de Pombal - na referida praça.
Quanto a António Costa - veremos como é que ele faz a quadratura do círculo, que é reinterpretar a aplicação da Lei das Finanças Locais - uma vez que agora jão não é governo nem titular do MAI, mas será o edil da Capital, e será nessa condição que terá de defender os interesses da cidade. Com um razoável budget, naturalmente. Aqui alguma cambalhota terá de ser dada, suavemente, para não aleijar.