domingo

O caos em Lisboa: a paternidade de Mendes e a vergonha de Carmona. Cheira a plástico queimado em Lisboa

Em função dos dados políticos conhecidos na autarquia de Lisboa, que é vergonhosa, judicial e criminalmente dangereuse e políticamente caótica (o que não surpreende com aquela equipa de anões partidários) os lisboetas bem poderiam dizer que no topo daquele precipício se encontram MMendes e Carmona Rodrigues. Aquele de pé e de t-shirt negra, Carmona sentado meio metro adiante, envergando de branco e pensando em suicidar-se (políticamente).
Tal a situação de devastação política a que chegou aquele executivo camarário, com os principais vereadores acusados de corrupção e já suspensos da sua actividade política, com Carmona sem autoridade alguma ou capacidade decisória para tomar uma simpes medida, nem que seja para reafectar um "almeida" da rua do Ouro para o pôr a varrer a porcaria que ambos fizeram na S. Caetano à Lapa quando Mendes decidiu que o super-boy Carmona seria o eleito para ocupar a cadeira da mais importante autarquia do País.
Os vereadores, na sua maior parte, não passam de comissários políticos feitos nas secções de votos apadrinhados pelo alegado corrupto António Preto sem qualidade intelectual, curriculo profissisonal ou qualquer outra valia política para a cidade. A equipa política, no seu conjunto, é paupérrima e fortemente permeável a essa arte tão crónica quanto indigna que é a corrupção - que, essencialmente, mistura interesses imobiliários, ambições pessoais, ganância mitigadas com todas as facilidades político-administrativas daí decorrentes para os players em campo.
Ora, numa fase de globalização competitiva, que também interfere com a vida social e económica das cidades, que hoje vivem rápidas mudanças, as cidades tornam-se, de per se, as grandes expressões concentradas e intensificadas desses mesmos problemas políticos, ou seja, a corrupção que atinge e preocupa o País como um todo. Bem ou mal, Lisboa, a capital do País, acaba por ser a vitrine dessa onda de corrupção que varre o Portugal-autárquico (feito de pato-bravismo+futebol+corrupção autárquica). É como se fosse uma falha geológica invisível na cidade que agora, com estas decobertas sobre Carmona e toda a sua "bela equipa" ratificada ao milímetro por Luís Marques Mendes, virasse num grande tremor-de-terra social e político que tudo paralisa, para despeito e prejuízo dos lisboetas e dos portugueses em geral.
Confesso aqui que logo que vi a composição desta equipa autárquica disse para os meus botões: vai haver pilhagem pela certa, será um fartar de vilanagem. Infelizmente, acertei. E aquilo a que se está a assistir, também por coresponsabilidade da oposição (mormente pelo PS, por não dispor neste momento dum candidato ganhador) ilustra o caldo de cultura dessa cobardia política autárquica, esse calculismo eleitoral que não deixa de dar de si a pior das imagens políticas deste Portugal dos caninos autárquico no 1º quartel do séc. XXI.
Em suma: Carmona (e a sua miserável equipa), com MMendes à ilharga naquele precipício esperando que Carmona se suicide (políticamente, claro está, porque morto animicamente já ele deve estar!!!), espelha bem a imagem duma Lisboa podre, corrupta, irresponsável, incompetente, traiçoeira, mesquinha, partidária e calculista que se alimenta do tráfico de influências e de pequenas, médias e grandes pilhagens - como alegadamente muitos daqueles vereadores já suspensos são acusados pelo Ministério Público.
Por isso quando um turista me pergunta pela beleza de Lisboa ou algum amigo estrangeiro me questiona se agora vale a pena visitar e permanecer na Capital para lazer e veraneio digo, invariavlemnete, o seguinte: agora não, porque Lisboa é uma cidade com muito fumo por todo o lado e cheira a plástico queimado.