Marcelo é um artista
Cada vez "gosto" mais de ver Marcelo na sua missa de Domingo, hoje em short version: valentim Loureiro, Pinto da Costa, impostos, MMendes, manela Ferreira leite, guerrinhas no cds/pp e mais uns peanuts. Só a definição do agenda-setting desta grelha de análise é, ela própria, sintomática do Portugal doente que temos. Ficámos a saber que Marcelo dá 9 valores a um alegado corrupto do futebol, Valentim loureiro, não disse que nota daria a Pinto da Costa, o tal que encomenda sovas. Em matéria de manipulação de impostos também ficámos a saber que dantes marcelo estava com Manela Ferreira leite (então ministra das Finanças), mas hoje está com MMendes - que é o líder formal do PSD. Assim, até parece que Marcelo está sempre com quem ganha ou desempenha no momento uma função de liderança, por isso defende a baixa de impostos porque o governo tem folga para isso. Engasgou-se na OTA, em que o seu partido defendia o projecto - embora Durão o tivesse metido na gaveta para ulterior oportunidade. Ou seja, ouvindo Marcelo fica-se com a sensação que ele utiliza plásticamente os argumentos para alinhar ora com uns, ora com outros, e às vezes com ambos. Com este programa, com este tipo de agendas (comentar os corruptos do futebol que nem 5 ss. de tempo de antena mereceriam) as escolhas de marcelo arriscam-se a ser uma espécie de Feira da Ladra no mercado da opinião em Portugal. Gostaria de saber quantas pessoas hoje o ouvem ou vêm sem ir ao wc várias vezes. Mas se calhar o problema não é de Marcelo, mas do país que temos ou do povo que (ainda) somos...
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