terça-feira

Durão Barroso: o oportunismo e a sinistralidade política em Portugal, no PSD e na Europa

O QUARTETO DA DESGRAÇA PRÉ E PÓST-IRAQUE. COM ELES O MUNDO FICOU MAIS INSEGURO, A ECONOMIA MUNDIAL PARALISADA E AS SOCIEDADES EUROPEIAS MAIS FRAGMENTADAS. ESTES SUJEITOS EMPOBRECERAM A HUMANIDADE...
A AMBIÇÃO DE QUEM NÃO TEM CAPACIDADE É UM CRIME
Chateaubriand
Já aqui teorizámos abundantemente sobre o carácter e as verdadeiras motivações de Durão Barroso, explicando o que leva a estar na política e a forma como encara essa via de passagem para um degrau superior, nem que para isso tenha de "vender" o País a SLopes por um prato de lentilhas, foi exactamente o que fez este traidor e anti-patriota português. Vejamos parte dessa crónica subtraída ao palheiro no Público cujo link se perdeu com a transferência...
Desta feita, ao contrário do que reza a versão oficial, Durão Barroso não foi escolhido para presidir à Comissão Europeia enquanto último recurso dos líderes da União Europeia (UE) em desespero de causa e de candidato para o posto. Longe de ter constituído um acontecimento inesperado, a nomeação do então primeiro-ministro português para presidente da Comissão Europeia, no fim de Junho de 2004, encerrou um processo cuidadosamente preparado ao longo de meses.
Reservada a primeiros-ministros no activo ou reformados, a presidência da Comissão é negociada e decidida directamente pelos chefes de Governo. Não é claro o momento exacto em que a hipótese Barroso começou a fazer o seu caminho. Certo é que Tony Blair, primeiro-ministro britânico, começou vários meses antes a encará-la como uma possibilidade real. Primeiro-ministro em funções, oriundo de um pequeno país aliado, liberal no plano económico, atlantista - incluindo no apoio à guerra do Iraque - e com uma concepção da Europa mais próxima da britânica do que da franco-alemã, o português foi desde cedo considerado por Londres como o candidato ideal.
Barroso estava nas nossas cartas desde Janeiro" de 2004, disse na altura ao Público o arquitecto da política europeia de Blair. Sobretudo quando a França e a Alemanha estavam já a avançar com a candidatura do primeiro-ministro belga, o liberal Guy Verhofstadt, cujas teses federalistas são impensáveis em Londres.
Para os ingleses, tornou-se desde logo crucial construir uma candidatura capaz de travar a do belga. Os próximos de Blair, o socialista, trataram de "trabalhar" os seus aliados membros do PPE - o Partido Popular Europeu, que agrupa os partidos conservadores e democratas-cristãos, incluindo o PSD -, que, por ser a maior formação política do Parlamento Europeu, tinha o poder de determinar a escolha do presidente da Comissão.
Para os então primeiros-ministros italiano, Silvio Berlusconi, e espanhol, José Maria Aznar, membros do PPE, o nome de Barroso era, pelas mesmas razões de Blair, o mais óbvio. Ambos ficaram de o testar no seio do PPE, incluindo junto de Angela Merkel, a líder dos democratas-cristãos alemães, na altura na oposição, mas que já conhecia Barroso.
Berlusconi ficou igualmente encarregue de mobilizar os líderes exteriores ao PPE, sobretudo os dos recém-chegados Estados-membros do Leste, por princípio muito mais próximos da linha anglo-americana do que da franco-alemã. A grande questão que talvez nunca tenha resposta é saber a partir de que momento o próprio Barroso começou a encarar a sério a possibilidade de se mudar para Bruxelas. No entanto, o seu conselheiro para os assuntos europeus, Mário David, ex-secretário-geral do grupo parlamentar do PPE, foi um dos elementos centrais na afirmação do cenário da sua candidatura.
O resto da história é conhecido. Na cimeira de 17 e 18 de Junho de 2004, que deveria proceder à nomeação do sucessor de Romano Prodi, o nome de Verhofstadt foi vetado por Blair - com o apoio de vários países do Leste - e anulado por uma contracandidatura do PPE, o então comissário europeu Chris Patten, desde logo abertamente assumida pelos seus líderes como uma cortina de fumo. Oficialmente, a cimeira terminou num impasse, mas, nos corredores, o nome de Barroso enquanto candidato de compromisso estava já praticamente aceite. Faltava, apenas, o apoio formal da Espanha, mas sobretudo os da França e da Alemanha. Poucos dias depois, e logo que obteve a garantia de que o espanhol Javier Solana seria renovado no cargo de alto-representante para a política externa da UE, o recém-empossado primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero deu o seu acordo.
Mais difícil foi convencer o Presidente francês, Jacques Chirac, a aceitar um homem que encara como o amigo de George W. Bush. Mas Chirac, que na altura parecia disposto a avançar para um veto, acabou por se resignar quando o então chanceler alemão, Gerard Schroeder, o informou de que não queria abrir uma nova brecha na UE (depois da provocada pela guerra do Iraque) por causa do presidente da Comissão.
Barroso foi formalmente nomeado presidente da Comissão Europeia a 29 de Junho de 2004, por entre a unanimidade dos então 25 países da UE e a irritação resignada de Chirac." (Público)
É óbvio que não era necessário a descrição deste artigo para conhecer o pântano em Durão já se movia em Portugal. O seu trajecto na Cooperação, depois nos Negócios Estrangeiros, a paz de Bicesse. Tudo nele era mais fraco do que em Fernando Nogueira - que perdeu o congresso e se pirou para França à sombra do BCP, afastado da política.
Como maoista que sempre foi, Durão sempre agiu por puro oportunismo político, ocultado na pureza dos princípios ele declarou - ainda como PM - ao país estar apoiar o nome de António Vitorino, centenas de vezes melhor preparado (técnica, política e culturalmente) do que durão, mas os factos agora reconstituídos à posteriori começam a integrar o verdadeiro puzzle.
E o puzzle é que durão brincou com os portugueses, traíu o País - na medida em que jogava nos dois tabuleiros ao mesmo tempo: (des)governava Portugal e jogava póquer na Europa para vir a ser o seu mordomo-mor. A Cimeira dos Azores - que legitimou a guerra ilícita ao Iraque - foi essa mola. Agora só falta António Vitorino historiar o que sabe, e se ele ainda não o fez é porque está preparando um livro (mas não de Memórias que ainda é cedo..) ou então aguarda o momento mais oportuno para partilhar o que sabe com os portugueses que querem e têm direito a saber essa verdade.
Quanto a fujão Barroso, infelizmente tive de o aturar uma ou duas vezes numa Universidade privada onde ele passeava a ilusão do saber que julgava possuir sobre regimes e burocracias africanas. Um dia até disse que o sucesso para um bom negociador era mentir um pouco a ambas as partes negociais, depois descobri que o astro se inspirava na enciclopédia Polis.
Que mais haverá a dizer de Durão senão que é f
ilho de pais transmontanos. Desde muito jovem, gostava de ler e já participava na política. Aos 13 anos, em 1969, distribuía prospectos da CDE, assistia a comícios de oposição e lia os jornais que se opunham ao regime autoritário. Fez a primária na Escola Oficial da Rua Actor Vale, em Lisboa. No Liceu Camões, José Manuel juntou-se aos melhores alunos e foi lá que viu o seu professor, Mário Dionísio, ser agredido pela PIDE. Este facto fortaleceu a sua revolta contra o sistema ditatorial em que o País vivia.
Mais tarde traíu o País que governava, hoje paralisa a Europa, amanhã será mais um cancro político para Portugal. Porque não lhe oferecem a autarquia de Lisboa!?. Seria mais um momnto de alguma tranquilidade para MMendes e abria-se mais um fractura com SLopes, e assim se reeditava a dupla Zandinga & Gabriel Alves, para retomar a terminologia do próprio barroso.