sábado

As graçolas do Pereira coutinho...

Nota prévia: Pereira coutinho, um articulista do Expresso, quer fazer graçolas com a mulher do João Pinto, a apresentadora Marisa Cruz. Mas até podia ser uma tendeira do mercado de Benfica ou de Alfama... Não me admiraria nada que amanhã o futebolista fosse alí a Oeiras e lhe enfiasse uma valente cabeçada a ponto de partir a cana do nariz a dito escriba, especialidade dos futebolistas experimentados. Com ou sem cumplicidade, as graçolas do Coutinho são dum freudismo tão primata que duvido tenha tratamento. A não ser que Coutinho ache que é de interesse público saber-se que ele foi a um stand comprar um carro.
Valha-lhe deus...
Vejamos como o articulista do expresso se arma em Herman josé do freudismo lusitano...
in Expresso (ass.)
Outros calores
Não deixa de ser um pensamento melancólico saber que a minha proximidade a Marisa Cruz se fica pelo automóvel. Mas é a mais pura verdade: segundo parece, a minha querida Marisa colocou o carro à venda; e eu, sem conhecer pessoalmente a dona da máquina, comprei a máquina sem conhecer a dona. Que miséria! E o mais grave é que estava tudo escrito nas estrelas, o que sem dúvida acrescenta uma dimensão romântica ao filme: entrei no «stand» para comprar um carro; tomei-me de amores por outro. E a vendedora, com um sorriso aberto e deslumbrado, acrescentou: ‘Se levar este, senta-se onde se sentou a Marisa Cruz’. O pensamento provocou-me um primeiro arrepio de horror pela espinha abaixo, com a imagem de João Pinto, o futebolista, e eu sentado ao colo dele. Mas depois sacudi o pensamento como um vira-lata encharcado e, num gesto de pura insanidade financeira, passei o cheque com a esperança pífia de que a Marisa viesse atrelada. Não veio. Hoje, contemplando o carro e a ruína absurda que cavalga para mim, lanço aqui um repto público para que a Marisa telefone ou escreva. Intenções honestas: quero simplesmente saber se a máquina bebe muito ou pouco; se tem manhas ou segredos; e, já agora, se existe a mais remota possibilidade de Marisa Cruz se sentar um dia, não direi no colo - comecemos antes pelo banco do lado. Pessoalmente, sempre disse que pessoas com gostos comuns não devem andar desencontradas. Mas a Marisa é que sabe.