segunda-feira

A obsessão pelo poder do dr. millenium a 5 meses do seu termo. É um precoce...

Não se comprende o mistério de Paulo macedo: a cerca de meio ano do termo do seu mandato já anda numa azáfama diabólica junto dos jornais amigos para, assim, volatilizar a opinião e conduzi-la a seu favor com o fito de pressionar e direccionar o governo. Não se percebe!!! Seria, mau grado a comparação, como se uma mulher grávida de 3 meses passasse os dias a correr para o hospital sob pretexto do seu parto eminente. Aqui também há algo que nos faz supôr que a bota não bate com a perdigota, como diria a minha querida avózinha, aliás, todas elas o diziam...
Quantos aos métodos e skills do Sr. Macedo - se fossem assim tão excepcionais, quase milagrosos, alguma vez o millennium o deixaria sair para o governo!? Jamais. O que este senhor deve ter feito nada mais foi do que, com a confiança do ministro das Finanças e cobertura do PM, comprar um software que não fosse marado e colocar uma equipa de eficientes engenheiros informáticos a cruzar dados entre múltiplos serviços que racionalizam informação social, económica e financeira dos cidadãos e empresas. Nada mais fez o senhor Macedo.
Ou melhor, ele dedica-se é à influenciação de opinião no Sol, Expresso e conexos, e aqui até os rivais partilham o mesmo bolo (apesar do Sol vender 1/3 do Expresso, eu explico, quando se vendem 100 Expressos, vendem-se cerca de 30 dos outros) - e nisso é duma extrema eficiência. Uma eficiência que também tem nome: o millenium também é "dono" do sol e compra espaço Pub. em inúmeros suportes de comunicação. Mas a razões para não reconduzir o sr.Macedo são de natureza ético política que estão na base dos fundamentos da democracia e do rule of law. Embora certas mentes mais translúcidas possam admitir tratar-se de filantropismo, que não deve ser confundido com filatelia, halterofilismo, colomfilia ou mesmo tiro aos pombos.
Vale a pena ler na íntegra esta avaliação sobre a performance do homem que parece estar possuído pelo perfume do poder.
in Jumento - O FILANTROPO DR. MACEDO (link) (...) "Brevemente serão conhecidas as receitas fiscais de 2006 que terão atingido os números previstos à custa de um comportamento positivo do IRC e do imposto de selo e das cobranças de dívidas. Em contrapartida os resultados do IVA serão desastrosos. Em contrapartida há outros dados que nunca são analisados sob a perspectiva do sucesso do dr. Macedo como seja o aumento das dívidas fiscais, a sua prescrição ou os casos perdidos em tribunal, como recentemente foi divulgado num relatório do Tribunal de Contas. O que salvou o dr. Macedo foram as cobranças de dívidas fiscais, trabalho feito por uma estrutura paralela e que ao longo dos últimos dois anos tem fornecido os dados que fizeram do dr. Macedo um caso de sucesso. Mas a cobrança de dívidas não significa mais eficácia da máquina fiscal (estamos a falar do trabalho de menos de uma dúzia de funcionários de uma estrutura que neste momento já nem existe no plano formal), esta eficácia é medida pela cobrança de impostos, designadamente, aquele que é mais sensível a variações, o IVA. E neste capítulo as receitas estão muito aquém daquelas que deveriam ter resultado de dois aumentos da taxa, sinal de que a evasão fiscal aumentou. O aumento do IRC não traduz um aumento da eficácia do fisco pois como se sabe na sua maior parte depende de algumas dúzias de empresas, designadamente as grandes empresas, que como a comunicação social tem dado conta viram os seus lucros aumentar de forma exponencial. O que mede efectivamente a eficácia do fisco são os resultados das inspecções (medidos em receitas e não em dívidas que vão entulhar os tribunais) e da evolução dos impostos e, em especial, do IVA. Por outro lado a eficácia fiscal não pode ser medida por percentagens que comparam números com o do ano anterior, desta forma os resultados serão tanto melhores quanto piores tiverem sido os do ou dos anos anteriores. É importante não esquecer que o dr. Macedo está no fisco há quase três anos e que o seu primeiro ano foi um primeiro em duas décadas em que a receita fiscal baixou em termos brutos. E se os resultados deste ano são assim tão brilhantes em termos percentuais, é porque os maus resultados do ano passado são uma grande ajuda, e os resultados do ano passado são obra do dr. Macedo. O dr. Macedo tem todo o direito a que os resultados sejam divulgados, tem também o direito ao elogio em função dos resultados, mas nesse caso não deve ser ele a escolher os resultados que manda para a comunicação social. E nunca houve um director-geral dos impostos que incomoda tanto os serviços a perguntar se há alguma coisa de positivo para mandar para os jornais. Outra mentira que está a ser enviada para a comunicação social é a de que o dr. Macedo reformou a DGCI. Isso não é verdade, não basta o desenvolvimento de uma ou duas aplicações informáticas, que não foram nem sugestão, nem proposta nem exigência do dr, Macedo para que se possa falar em reforma do fisco. O dr. Macedo não reformou nada, não mexeu numa única chefia, não promoveu nenhum funcionário por competência nem substituiu um único por incompetência (vejam-se os dados da DF de Lisboa e pergunte-se ao dr. Macedo porque reconduziu o seu director), a extinção (desastrosa) das Tesourarias de Finanças é anterior a ele e a futura concentração de Direcções de Finanças é uma imposição do PRACE. Mas a questão da eventual recondução não deve ser vista apenas à luz dos resultados ou do vencimento (contra o qual não me oporia se não tivesse muitas dúvidas quanto à honestidade da declaração com base na qual foi calculado). Se o ministro perguntar ao BES se quer colocar um dos bons gestores desse banco à frente da DGCI, mas com a condição de trabalhar gratuitamente não tenho a menor dúvida de que aquele banco, como qualquer outro, faria esse “favor” ao Estado. Ao menos assim temos a certeza de que o dr. Macedo é pago pelo Estado e não pelo Millennium. A questão é que o dr. Macedo é empregado de uma entidade com numerosos incidentes fiscais, que está sob suspeita no âmbito a operação furacão e que nos últimos anos evitou pagar muitos milhões de euros graças a truques manhosos que ultrapassam em muito o conceito de planeamento fiscal agressivo. A título de exemplo, o caso do reembolso de mais de 20 milhões de IVA foi conseguido à custa de um truque que roça o criminoso. A questão é que a Administração Pública deve ser independente, não seria aceitável que o representante de um fabricante de armas fosse o dg do abastecimento do ministério da Defesa, que um empregado de um laboratório seja o presidente do INFARMED, da mesma forma que não é aceitável que um quadro de um banco cuja rentabilidade depende em primeira linha dos impostos a que se consegue escapar seja director-geral dos Impostos. A questão não é um problema de avaliação, é uma questão de princípios. Não é aceitável que o d. Macedo manipule os números e use a comunicação social onde, através das influências a que tem acesso para forçar o Governo a fazer o que ele pretende, e isso é gravíssimo sendo ele um quadro de um banco, uma parte interessada na gestão do fisco. Se o dr. Macedo nada tem a ganhar sendo dg dos Impostos porque luta tanto pelo lugar? Eu quero querer que é pura filantropia."

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Mesmo admitindo que o Jumento não acertou a 100%, diria, em linguagem figurada, que o DGCI anda a tentar dar corda aos sapatos a meio ano dos sapatos terem de andar. Se é que me faço entender...

Shoe tying trick - dar corda aos sapatos...