quarta-feira

Neo-Plágio: os Pactos

Todos nós sabemos o que é um plágio, mas agora irrompe uma nova versão do mesmo: o neoplágio. Lembram-se da srª dona Margarida Rebelo Pinto, sei lá, essa mesmo! A vacuidade em literatura light. Lembram-se, by the way, de engª Clara Pinto Correia, um pouco mais densa e melhor preparada nas ciências biológicas e nas representações de nús em directo do programa do sr. Herman José... Esse mesmo!! Aquele por quem tinha algum respeito e hoje mudo de canal só para não ver tão degradada figura - caricatura dele próprio. Aqueles dois casos foram exemplos lamentáveis de plágios. Muitos há que não são conhecidos, no meio académico é às carradas, mas como geralmente se copia mal e de fontes que nem ao menino jesus interessam ninguém dá por isso. Aliás, hoje, toda a gente se está a borrifar para toda a gente, condição desta nossa bela post-modernidade em que vegetamos. Mas o plágio mais grave que aqui procuro sublinhar não deriva daqueles insignificantes exemplos, remete antes para as bujardas que estão inscritas na Constituição da República Portuguesa (CRP) - que já teve várias revisões desde a sua constituição. Lá poderemos ver as palavras: direitos, educação gratuita, habitação, emprego, normativo disto, daquilo e daqueloutro numa terrível repetição, denotando uma enfadonha falta de imaginação. A qual nos faz supôr estarmos diante desse novo fenómeno que aqui designamos por neoplágio. O que são Margarida Rebelo ou Clara Pito ao pé das gravidades vertidas nas Constituição da República Portuguesa? Provavelmente, nada!!! Pergunto-me se hoje ela - a Constituição - já se vê - também codifica a palavra "Pacto" - já que ao da Justiça (proposto) pelo PsD seguir-se-á outro - o da Segurança Social, e depois o da Educação, o do Ambiente, o da Cultura e das Artes, o do Trabalho and so on... Aliás, o que é a nossa vida senão um plágio frustrante do tempo de véspera: acordamos, comemos, bebemos, xi-xi, có-có, deitamos. No day after, vira o disco e... É por causa destas e doutras que penso que o Pacto da Justiça - tão bem enquadrado pelo artigo infra do jornalista Vicente Jorge Silva - não passa dum outro plágio encapotado e, muito provavelmente, quem está a manobrar as negociações conducentes à feitura e formalização dos mesmos devem ser as sras. Margarida Rebelo e Clara Pito Correia. Se isto é assim, digam lá se Portugal não está sendo bem governado!!! Qualquer dia até o Herman José vira ministro da Cultura e depois vai alí para Monsanto... fazer os programas que costuma fazer, junto dos amigos afamados do costume, sinal daquilo em que se transformou: o pior plágio dele próprio, mas desta feita irreconhecível...