quarta-feira

Ernâni Lopes e a SaeR sempre na crista onda...

Ernâni Lopes apresentou-nos ontem o seu Relatório/SaeR sobre as Sociedades de Capital de Risco - cujos capitais cresceram cerca de 55%. Tal não significa que o recurso ao capital de risco seja eficiente em Portugal para as necessidades de investimento do país. Como o caminho é ainda longo e a desconfiança, a turbulência nos mercados internacionais, a instabilidade regulamentar e fiscal da economia portuguesa - fazem com que o empresário português deva assumir duas posições: renovação de mentalidades, pois só assim ele se abre à participação de um sócio com capital de risco, condição essencial para potenciar investimentos em Portugal - que por ora são diminutos, e as notícias sobre deslocalizações no quadro da globalização predatória são múltiplos e social e económicamente fracturantes. Este corolário conduz-nos a outro, segundo o Relatório da SaeR: os empresários portugueses terão de pensar em empresas enquanto organizações globais e não circunscritas à dimensão nacional para, desse modo, modificarem a estrutura dominante - que é familiar - e passarem a contratar quadros qualificados para competir nos mercados internacionais. Enfim, Ernâni Lopes dá-nos sempre receitas tão simples quanto eficazes para a resolução dos problemas da economia nacional. Mas a ciência reside precisamente aí: simplificar a complexidade, e é com essa redução desmultiplicada na caixa de velocidades do tempo que daqui lhe enviamos também um grande abraço - especialmente pela coragem e determinação com que tem trabalhado neste último ano. Exemplo para todos nós...