O Mundial fez game-over. And now...
Há dias um amigo, entre falcões, canários e outras borboletas que fogem sem aviso-prévio, perguntava-me o que fazia mudar a opinião pública. Respondi-lhe que era o futebol, a nova religião do nosso tempo. Os estádios e o ambiente da chamada "futebolítica" (sob suspeita permanente mas nunca verdadeiramente setenciado) são esses novos santuários e ícones religiosos. O resto é ideologia difusa. Mas nesse trajecto pergunta-se: onde estão e o que fazem os media? Pois estes têm de ganhar a sua vidinha. Publicar diáriamente as mestelas do costume, com muitas palavras e frases, algumas imagens e, se possível, repetir algumas expressões mais sonantes que se guardem no ouvido, como aqueles motores de rega a dois tempos que nunca gripavam, mesmo sem carburante. Os media são esses ofertadores de perspectivas que os mais incautos nunca filtram, como deviam. E se as pessoas - os tais eleitorados - não dispõem de umas frases e expressões mais sonantes fornecidas pelo cathering da mediacracia entram em colapso, silenciam-se por completo, tornam-se efectivamente mudos, ainda que a sua mudez seja ensurdecedora, como diria o Miguel Torga do alto duma Serra. É o que sucederá a partir de amanhã, findo o Mundial e de mais um mês de férias extras. Já agora, alguém sabe quanto ganha o Figo? O PR? E o PM? E você, quanto ganha...Será que ganha alguma coisa com isso!!
- To Sudjansky - who is always narrow knowledge that I could think, but faster... than eagle
<< Home