Pub. no futebol e a Pub. nas ditaduras
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- Nota: há dias Fidel castro caíu, foi pena não ter sido mais grave; assim como é pena certos dirigentes africanos não poderem aparecer mais nas fachadas dos bus. Este também é o poder da Pub. Um poder que em vez de alertar para os males do mundo promove-os como se fossem exemplos a seguir. Não são. Não passam de ervas daninhas que pululam por aí, fazendo fortunas ilícitas e imorais à pala do ouro negro e dos diamantes. Foi tudo isso que hoje me lembrei quando via o jogo em que Portugal ganhou a Angola. Só foi pena que o jogo não se jogasse verdadeiramente entre duas democracias que procuram o melhor para o seu povo e para o respectivo bem comum. Por pensar assim dedico esta oferenda ao corrupto-mor de Angola que tem contribuído - como mais ninguém, para que o seu povo vegete nas valetas e ande com próteses pelas ruas do seu país que mais parecem caminhos de cabras... Ou nem isso. Julgo que a Pub. terá urgentemente de rever os seus pressupostos. Afinal, ela sempre deverá servir para algo mais do que simplesmente contribuir para fazer fortunas, publicitar marcas.. Poderia também contribuir para valorizar o sistema de valores que permite essas futeboladas de palmo e meio. Reporto-me à promoção activa da Justiça, da Liberdade, da Democracia, do Desenvolvimento - como Liberdade. Todos esses valores deveriam hoje interpelar o sentido da Pub. no tribunal da opinião pública mundial. Eu até gostaria muito de ver o sempre douto mas também sempre cínico Marcelo glozando o assunto... Marcelo é, efectivamente, um homem inteligente, embora não muito profundo nem denso. A Marcelo falta (aliás, sempre faltou) uma coisa que se chama CORAGEM. Veremos se ele consegue aprender algo com o futebol. Veremos sr. "prufessore"...
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