quinta-feira

Soares = a Dejá vu.. Soares não é Hokusai

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Temos aqui dito que a candidatura de Soares a Belém ainda é menos oportuna e desejável do que a de Alegre, seu velho amigo - agora traído pela política. Quer um quer outro têm muito pouco, ou mesmo nada, para emprestar às funções que o cargo exige: num caso pelo desgaste, idade e concepção do poder e desadequação ao mundo emergente em que vivemos; no caso do poeta Alegre porque, simplesmente, se trata dum equívoco - já que o próprio julga estar a candidatar-se a um concurso literário onde concorrem também os poetas Al Berto, M. Cesariny e António Aleixo, o mais sábio de todos e já desaparecido.
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Mas quanto a Soares urge aqui dar mais umas notas para ver se conseguimos, de vez, clarificar o nosso ponto de vista. Faz 24 ou 48 h. (tanto faz...) que Soares foi à TSF perorar para ver se conseguia sequestrar mais uns votinhos à turba - que alienada - ainda não percebeu quem é o dr. Soares. E aí, o homem enfastiou como é, aliás, seu timbre. E com a idade, já se vê, a língua enrola mais, a cabeça fica menos flexível, a memória converte-se numa tábua de cal; o raciocínio mais turvo, etc, etc. O resultado é óbvio: mistura cenouras com uvas; uvas com castanhas; castanhas e uvas com bolotas e papais - e tudo culmina numa estulta entrevista que mais parece um menú de restautant kamikase que dá melancia e vinho aos seus consortes na esperança de que façam uma bela digestão e que voltem sempre...
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Aí Soares foi igual a si próprio: um narciso de 1ª apanha: eu, eu, eu, eu. Ora, o mundo não gira em torno do seu umbigo; muito menos a dinâmica da economia mundial - de que o dr. Soares não consegue antever os seus contornos ou textura; depois recorre sistemáticamente a Vital Moreira - já não sei se o fez com respeito também a G. Canotilho - como se estes dois constitucionalistas fossem a salvação jurídica do país. Por aqui se vê o provincianismo de Soares e, naturalmente, de muitos que o seguem politicamente, sem querer ofender ninguém, naturalmente. Ou então isto é de família, já que o seu filho João Soares - quando era Presidente da CML nada fazia sem citar o vereador X e Y que lhe deu a ideia para fazer a obra Z ou vetar ou fazer aprovar o diploma H.
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Pontualmente, admitem-se referências - até são saudáveis e justas, mas feitas de forma sistemática, como é o caso aquele dueto de constitucionalistas, a coisa só pode denotar uma coisa: falta de ideias claras para o país e uma extrema dependência e vulnerabilidade para o exercício de funções políticas, que são, como todos sabemos, funções altamente desgastantes, talvez por isso o dr. Soares esteja como está... Mas Soares sempre que entra na arena pública - só diz "babuseiras" ou seja, lugares comuns, e os pontos de vistas que oferece em nada relevam de alguém que deveria mostrar a postura de um homem de Estado; denunciar uma estrutura mental mais sólida; uma ideia até para o país - que ele manifestamente não tem, nunca teve. Ao dr. Soares sopram-lhe umas ideias e depois o doutor V. Moreira faz um artigo no Público e, de seguida, o dr. Soares pede mais uma entrevista onde leva o recorte do jornal, e aí debita os parágrafos e as metáforas que leu daquelas eminentes referências que, em rigor, são homens profundamente previsíveis, segmentados nas suas cosmovisões que pensam sempre, e em tudo que conjecturam, no seu juridiquês que em nada contribui para desenvolver uma ideia moderna e desenvolvida para Portugal no III milénio. E a dada endeusam-se aqueles doutores de Coimbra - só porque não há mais nenhum tão afamado, porque se houvesse - também seria citado, como se cada um deles passasse a ser, automática e paroquialmente, peça indispensável de uma política, duma ideia, de um eixo de futuro nesta máquina do tempo provinciana e bacôca que nos desgoverna. Qualquer dia, um padre socialista e laico, entra na missa a um Doming, e logo pela manhã tem o desvelo de dizer ao rebalho: segundo os doutores Vital Moreira e G. Canotilho a Bíblia foi alterada no Génesis e na parte do Eclesiastes, em tudo o mais mantém-se na mesma. Por amor de Deus... isto ainda é pior do que o Portugal que hoje todos temos o direito e a legitimidade de pensar no que foi o legado que Salazar nos deixou. E quando ouço o dr. Soares ou até o dr. sampaio - seu inimigo figadal - e de quem ninguém se deu conta da sua função como PR, salvo na demissão tardia do desgraçado Santana Lopes - citarem muito doutamente aqueles dois doutores da igreja conimbricense - lembro-me logo do restaurador Olex, da pasta medicinal Couto e do homem da Regisconta...
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E mais grave, todos os demais juristas, politólogos e afins - por reverência bacôca e provinciana que ficou das suas origens humildes, por receio ou temor, ou até por ameaças de não mais nenhuma daquelas entidades apresentarem um livro ou fazer uma referência em nota-de-roda-pé a um qualquer livro em gestação - nada dizem; nada apresentam como alternativa - como se o pensamento (mesmo o jurídico) se esgotasse naquelas cabeças virtuosas - que no caso do Vital Moreira - ainda julga que foi o Marx que ganhou a guerra fria e impôs ao mundo as virtudes dos planos quinquenais; e que Bill Gates ainda é explorado pelos operários que um dia farão a revolução permanente e de mais umas utopias de estão definitivamente arrumadas no caixote do lixo da história. E é obvio que estas concepções do mundo, do trabalho, do capital e da utopia - que comportam a sua dose justicialista - se elevado a um tal nível de abstracção de juridiquês - só podem entrar em entropia e esquizofrenia, já que levantam os dois pés da realidade e depois dizem à humanidade que a lei é igual e generosa para todos igual e todos somos justos uns para com os outros; e o que é meu (se fôr em exceso) também é teu - nesta linha pura do colectivismo de Vital - que nunca colheu na história, desde o menino de Jesus.
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Ora, quando ouço ou vejo o afamado doutor V. Moreira dissertar sobre política jurídica naquele seu juridiquês que infunde reverência e temor nos demais juristas da sua geração e até mais novos (ou politólogos, ou politólogos que uns dias também se dizem juristas ou historiadores) lembro-me logo do Freud e da explicação que ele dava daquela dissociação da realidade sistematizada pela figura esquizofrenia. Ora é isso que me lembram as conjecturas do doutor Vital Moreia sobre as possibilidades eleitoraleiras de Soares nestas presidenciais. Porque será que homens tão ilustrados e até com índices assinaláveis de inteligência embarcam nestas quadraturas do círculo??? - que acabam por revelar, afinal, que não são nem ilustrados nem inteligentes - mas sim fruto de circunstâncias que os empurraram para o caminho certo, no momento certo. Uma esquizofrenia, desta feita, em juridiquês... Ora, também aqui o nascisismo e a soberba se misturam, se mitigam e só uma fina lente os separa, analisa e desmonta... Ou seja, grande parte dos artigos do doutor Vital - mormente os relacionados com o seu inefável apoio a Soares (só porque tem em cavaco o seu ódio de estimação) revelam o seu saber segmentado, o seu juridiquês mais apertado que qualquer aluno de ciências sociais logo no 1º ano do curso topa à légua. Tudo isto revela, na sua essência, três coisas: a) o ainda o carácter provínciano de Portugal e da sua mentalidade atrasada e retrógada no pensar e no agir; b) a falta de qualidade intelectual e política das classes/elites dirigentes, daí a sua congénita falta de autonomia e dependência parecerística - de que creio, o sr. dr. Sampaio também é portador; c) e, em 3º lugar, do narcisimo doentio que tolda a personalidade do sr. dr. Mário Soares - quase desde que nasceu até ao momento presente e parece ameaçar eternizar-se, já que, no seu caso, a idade não lhe traz nem sabedoria, nem tino, nem temperança nem amigos cultos, inteligentes e talentosos à altura das circunstâncias que Portugal atravessa nesta dobra do milénio... Eis o que passaremos a explicitar através da ilustração da "estória" que se conta infra. Vejamos. O famoso pintor Okusai, que morreu a meio do séc. XIX, com 90 anos, escrevia aos 75: "Não vale a pena prestar atenção a tudo o que eu produzi antes dos 70 anos. Aos 90 irei decifrar o mistério das coisas; aos 100 anos atingirei um estado maravilhoso; e, quando chegar aos 110, tudo o que fizer, seja um ponto ou uma linha, terá vida". É certo que os pontos e as linhas, uma vez que o dr. Soares nem meias sabe cozer, são tecidos pelo juridiquês daqueles eminentes doutores de Conimbriga - que convinha substituir ou actualizar para não se estar no mesmo e balofo neomarxismo da década de 70, embora revisitado no III milénio com algumas incursões ao mais moderno pensamento germânico, para mostrar ao mundo que se é cosmopolita e viajado. O problema do dr. Soares, como reiterámos aqui já abundantemente, é que ele não tem amigos; por isso todos lhe mentem descaradamente, especialmente o seu comissário-mor de candidatura, o doutor Severino Teixeira - que já o deveria ter aconselhado a desistir para, assim, se poupar à maior vergonha política e eleitoral de que há memória, ainda por cima sem razão de ser - tal é a motivação da sua própria candidatura. E já que o dr. Soares não tem amigos que o alertem dos perigos e ameaças que tem pela frente, também não valerá a pena amofinar o dr. Balsemão por causa da parcialidade da SIC - uma vez que essa imparcialidade não existe em lugar nenhum em Portugal, mormente no sector da Justiça - onde era suposto ser um valor adquirido; dizemos-lhe aqui - como se fosse um neto advertindo o seu avô: "ó dr. Soares páre para pensar; imagine que tem de atravessar a passagem-de-nível sem guarda!!!... Tem de parar, doutro modo é cilindrado pela passagem do comboio cego que passa a grande velocidade, mas que ainda não é o TGV... Páre dr. Soares; páre de dizer coisas sem nexo que fazem de si um velho xé-xé, apesar da sua aparente jovialidade e boa disposição e de muitos anos de vida que lhe desejamos tenha ainda pela frente. Mas não como locatário de Belém... É que fazer política não é manjar pastéis de belém, nem comer bolo-rei como se de uma enfardadeira do Alentejo se tratasse. Páre, dr. Soares; páre de fingir que sabe tecer linhas e pontos. O senhor não é o Hokusai...
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PS: tenho a sensação que este post segue repleto de erros - para mostrar aequivalência com a candidatura do sr. dr. Mário Soares. Mas também não importa corrigi-los, porque isso seria chuver no molhado e dizer aos berbéres que, doravante, por diploma presidencial - o deserto para a estar privado de areia e a dispôr de muita água. Ah, e os oceanos secam, como as ideias do mesmo para e sobre Portugal.