sábado

Pina colada em transe luso-ibérico

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  • O senhor alí de cima é Pina Moura: ex-comunista que quando se apercebeu que o PCP cá no burgo perdera influência e poder mudara de malas e bagagens para o PS, que o acolheu de braços abertos. Tornara-se, então, íntimo de Gueterres, plasmou-se na sua eminência parda. Sabe umas coisas de economia e assim se foi implantando, como uma erva daninha, no aparelho de decisão socialista. Depois o PS deixou de ser poder, Guterres proclamou o pântano e fugiu e Pina Moura teve de regressar ao parlamento. Mas o ordenado de 500 cts por mês não chega para sustentar o seu padrão de vida.
  • Meteu-se no meio empresarial - que acomodara cirúrgicamente enquanto ministro da economia ou das finanças - ou de ambas as pastas - num cenário de orgânica governamental caricatural que ultrapassa toda a ficção imaginável.
  • Hoje, é o homem de mão dos espanhóis da Iberdrola - com o fim de saber o que se passa na EDP. Diria que se trata duma coscuvilheira de alto gabarito que ouve aqui para contar alí. Tudo entre as paredes meias de Portugal e Espanha. Pina Moura vem da escola do velho PCP, anda quase sempre disfarçado dele próprio; procura passar discreto para não ser acusado de imoral ou de mais um boy que potencia o clientelismo na política socrática.
  • É um adaptador camaleónico que vive destes expediente que sobrevive à pala das negociatas político-empresariais que pode colocar em risco a independência da EDP. Pois com Pina lá dentro nunca se sabe se antes de uma qualquer decisão em matéria de política energética ser tomada em Lisboa - ela não possa ser antecipada em Madrid...Pina Moura representa, pois, os neurónios de Espanha num importante centro de decisão em Portugal. Ora isto é inadmissível.
  • É isto Pina Moura. Mas mais grave do que esta espionagem saloia no sector energético, dado que todos se conhecem e as coisas são feitas às claras, é a postura do governo que ratifica toda esta promiscuidade da política à portuguesa. Ora isto é tanto mais grave quanto o governo aumentou os impostos, pediu aos portugueses que fizessem cada vez mais sacrifícios, os salários são comidos pela inflação (do pão, dos transportes, da água, do vinho, da couve, da cenoura, dos tomates, dos nabos e até das pinas coladas) e depois abre caminho, de forma complacente, a que sujeitos destes, imorais e potenciando perfis clientelares, continuem sendo altos quadros de empresas estrangeiras altamente concorrentes com a nossa pequenina EDP - que já parasita os seus consumidores até ao tutano.
  • Ora isto é um absurdo e imoral. O sr. Pina Moura deveria ir era para Cuba, Vietname ou Coreia do Norte - para aí por em prática os seus planos de gestor exemplar que fez optimamente a transição do comunismo para o neoliberalismo.
  • E o governo, que é sempre benévolo para com os seus boys, deveria dar um sinal claro de que não alinha nestas pornochanxadas político-empresariais que beneficiam os bolsos do sr. Moura e penalizam, pela certa, o interesse sectorial e o mercado da EDP - além de violar o interesse nacional subjacente à negociata.
  • Pina Moura sempre foi um agente ao serviço de uma qualquer causa que nunca coincidiu com o interesse nacional. Parece até que todas as suas apostas visam exclusivamente o interesse pessoal, quer pelos proventos que passará a receber quer ainda por ser portador de interesses e de estratégias de que não se consegue antever o desfecho. Se Pina Moura fosse cidadão norte-americano já teria sido preso e/ou obrigado a indemnizar o Estado - seja sob acusação de espionagem industrial, e, por extensão, porque violou leis básicas da nação. Em Portugal o sr. P. Moura é aplaudido e promovido e até acarinhado pelo sr. Manel Pinho - que parece ser o ministro da Economia do sr. engº Sócrates. Tudo isto é deprimente, caricato, irresponsável e imoral. Tudo isto deveria ter um sanção penal e uma consequência política. Porventura, proibindo por lei que quadros nacionais ou agentes do governo (futuros ou pretéritos) possam ser altos quadros ou integrar os conselhos de administração de empresas estrangeiras. Até porque o sr. Moura fora ministro da economia e das finanças há meia dúzia de anos, e, hoje, percebe-se bem por que razão ele foi ministro e para quem trabalhou...
  • Enfim, o sr. Pina Moura é um espião à vista; qualquer investigador lhe descobrirá a careca em dois tempos. Com este perfil mais parece um agente do SIS. Já agora, lembram-se do que Veiga Simão fez há uns anitos com a lista do pessoal que aí trabalhava???? Seria agora interessante que se declarassem os rendimentos efectivos do sr. Moura e daqueles que ele irá auferir só por causa das dúvidas...
  • Mas talvez a estória não páre por aqui, pois com uma eminência parda desta envergadura nunca se sabe. E talvez um dia se venha a descobrir que o homem é um agente duplo, ou melhor múltiplo, trabalhando simultaneamente a soldo do Reino de Espanha mas também esteja ao serviço de M. Kadafi e de mais uns quantos teocratas dos emiradaos e dos países do golfo...
  • Com estes homens nunca se sabe. Um dia vendem a mãe só para lhe tirar as jóias dos dedos, e no day after vendem as jóias com os dedos, cortados...
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