Da (in)Justiça através do farol de Belém
Foram dezenas de vezes que os amigos se encontraram e reencontraram. É natural que assim seja. Também é natural que o supremo magistrado da nação pugne por uma justiça e que a mesma seja igual para todos. Sem discriminar, positiva ou negativamente, ninguém.
À parte esta teoria geral, que integra o capital de simpatia do politicamente correcto tão do agrado do PR, nunca ouvimos Marcelo transpor a sua modesta teoria de justiça para os casos em que o seu amigo, Ricardo Salgado está envolvido e que lesou milhares de pessoas, particulares e empresas.
Marcelo pugna por uma justiça igual para todos, mas nunca lhe ouvimos uma palavra, uma palavrinha, uma vírgula sequer sobre o impacto da queda do BES na economia nacional, do desempenho do seu amigo nesse edifício altamente corruptor em Portugal desde os anos 90, por isso parece-me profundamente injusta, porque desigual, que Armando Vara seja obrigado a cumprir pena por causa de 25 mil €uros, acusado de tráfico de influências, e ver Ricardo Salgado deixado de fora dessa majestosa teoria da justiça matizada por Belém. Não porque um merecesse estar fora e outro dentro, mas porque ambos devessem cumprir pena efectiva, e não que a justiça seja pesada para uns e leve e doce para outros.
Para os amigos, guardamos sempre um tratamento privilegiado, é o que decorre da conduta de Marcelo (por acção eomissão). Talvez assim, Marcelo pense conquistar o paraíso, enquanto que na terra outros pensam que a hipocrisia de marcelo tem limites, ou deveria ter, e que a sua teoria permanente do querer agradar a gregos e a troianos não é senão a evocação constante da paz podre que hoje reina em Portugal, mormente na área da justiça em que uns são sempre mais iguais do que outros, para evocar o grande G. O., e o seu 1984 escrito após a II Guerra Mundial.
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