Grande semana para o Porto - por Rui Moreira -
- Porque é um político atípico, mas com mais valor do que a generalidade dos políticos clássicos, oriundos dos partidos e das máquinas partidárias e sem as quais pouco fazem;
- Porque empresta à política uma dimensão de saber-fazer tributária da gestão e do meio empresarial donde, aliás, o edil é proveniente;
- Porque o autarca tem uma marcada sensibilidade social e cultural - que o aproxima dos mais desfavorecidos e dos agentes culturais que também tecem a vida nessa grande e bela cidade que é o Porto.
Assim, por razões políticas, de gestão e empresarial e de natureza social e cultural - é que devemos por os olhos no exemplo e no denso legado que em tão breve espaço de tempo de gestão política Rui Moreira já deixa ao país.
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Sim. Um presidente de Câmara, como um primeiro-ministro ou um ministro, também é uma pessoa. Sofre quando vê um comentário insultuoso no Facebook, aflige-se por não conseguir responder a toda a gente, indigna-se com a mentira, a insídia, a acusação cobarde e anónima. Afinal, parece que isso também faz, e não devia fazer, parte da política. E, depois, há semanas como a que passou. Em que vejo abrir um envelope, encerrando um concurso para o terminal intermodal de Campanhã. Em que percorro salas de um novo centro empresarial cheio de vida e empresas bem no centro do Porto, onde ainda há dois anos jazia um edifício querido à cidade. Em que presencio o anúncio da construção de uma nova linha de Metro, num subsolo que tinha saudades de obra. Em que a cidade ganha um prémio, que é o reconhecimento de uma incomum união de esforços entre personalidades e instituições. E tudo isso é felicidade.
É em semanas como esta que um autarca sente, realmente, a razão de ser de tudo isto. De ter trocado a tranquilidade, o anonimato e o sossego de um bom livro pela vida política, quase sempre ingrata e amnésica. A semana que passou foi uma grande semana para o Porto e para quem a fez grande no Porto. E não fui eu. Foram todos os que acreditaram, que se empenharam, que arriscaram. São estes os momentos luminosos que nos deixam um brilhozinho nos olhos. Foi uma grande semana para o Porto, uma grande semana para os meus dias. E dou por mim a ter a certeza de que tudo vale a pena. Afinal, não é assim tão difícil ser presidente de Câmara.
Noite da Iguana no TNSJ Está no palco do Teatro Nacional São João, no Porto, a peça ‘Noite da Iguana’, de Tennessee Williams, com os atores Nuno Lopes e Maria João Luís nos principais papéis. A peça mantém-se até ao dia 26 de fevereiro e o autor classifica-a como um poema dramático. ‘Noite da Iguana’ é inspirada por uma viagem de Tennessee Williams ao México, no verão de 1940. A queda de Paris era iminente e Londres era bombardeada. Os nazis habitavam o quarto ao lado do dramaturgo e esta contextualização acaba também por ser referenciada no espetáculo, que acontece num hotel "rústico e boémio", na costa oeste do México. Tennessee Williams disse ser uma peça sobre "como viver para lá do desespero e ainda assim viver". Estreada na Broadway em 1961, foi o seu último sucesso de crítica e bilheteira. Turismo de Portugal sem destino
O Porto foi eleito Melhor Destino Europeu de 2017. A notícia atingiu centenas de milhares de pessoas. A imprensa partilhou a informação com entusiasmo. Um orgulho para a cidade, para a região e para o País, produzido a partir de uma candidatura e de uma campanha da cidade, através da Câmara do Porto e da Associação de Turismo do Porto, com o apoio de muitas instituições. Um orgulho, digo, para o País. Mas não para o Turismo de Portugal. Incapaz de reconhecer que com pouco dinheiro se pode fazer mais pela promoção de Portugal do que com milhões enterrados em projetos sem visibilidade. Enquanto festejávamos, a página oficial deste organismo, que se diz nacional, partilhava um concurso de ideias… em Lisboa.
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