quarta-feira

Catástrofes já mataram 25.000 pessoas em 2013. Prejuízos somam 101.000 milhões de euros, dos quais apenas um terço estava coberto por seguros

Catástrofes já mataram 25.000 pessoas em 2013



Tufão nas Filipinas fez 7000 mortos em Novembro ERIK DE CASTRO

Os desastres naturais e não-naturais já causaram cerca de 25.000 mortes e 101.000 milhões de euros de prejuízos em 2013, segundo uma avaliação da companhia internacional de resseguros Swiss Re.
O número de mortes aumentou em relação a 2011, mas é inferior aos anos anteriores. O saldo anual varia ano a ano, muito em função de grandes desastres. Em 2010, por exemplo, cerca de 308.000 pessoas perderam a vida em catástrofes naturais, das quais 223.000 são vítimas do terramoto no Haiti e 56.000 morreram devido à onda de calor na Rússia, segundo a Base de Dados International sobre Desastres, da Universidade Católica de Lovaina.
Com o ano ainda por terminar, o pior acidente em 2013, em número de vítimas, foi o tufão Haiyan, que matou cerca de 7000 pessoas nas Filipinas em Novembro. Segundo a base de dados da Universidade de Lovaina, as cheias de Junho na Índia vêm a seguir, com 5000 mortos.
As cheias aparecem em destaque na síntese da Swiss Re, com episódios também na Europa, Canadá, Tailândia, Austrália, China, África do Sul e Argentina
A Swiss Re estima que apenas um terço dos 101.000 milhões de prejuízos causados pelos desastres em 2013 estavam cobertos por seguros. Os números referem-se a catástrofes ocorridas sobretudo em países desenvolvidos, onde há maior penetração dos seguros para desastres como sismos, cheias e furacões.
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Obs: Sem adequada gestão de crises provocadas pelas catástrofes naturais, o que pressupõe um novo direito, novas políticas e novas práticas, os Estados (especialmente, os mais expostos aos riscos e ameaças naturais) estão votados ao fracasso na gestão reactiva a esses eventos extremos. Considerando que a luta contra a Natureza é desigual, não ajustar políticas industriais no quadro das prioridades do desenvolvimento sustentável, é caminhar alegremente para o suicídio colectivo, não obstante os repetidos avisos das agências especializadas da ONU que sobre a matéria têm estudado o assunto e indicado um conjunto de medidas para minorar os seus efeitos nas populações, no património e, no limite, no próprio Ambiente. 

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