segunda-feira

Me, my self and I


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in DN - Ano da fé - por César das Neves.


Obs: O doutor César das Neves tem escrito artigos inteligentes sobre a nossa vida colectiva, mas também é capaz de fazer declarações idiotas acerca da natureza das coisas, como fez ontem na antena da tsf e dn. A razão por que isto ocorre remete, porventura, para o empolgamento de ser entrevistado e de, nessa instância, se julgar um homem público sobre quem recai o destino da humanidade. Excita-se e depois sai asneira. O problema do economista, além de ser demasiado fundamentalista em certos assuntos, é o de se levar muito a sério. Alguém como ele, que tem, seguramente, uma excelsa cultura teológica - deveria reler a Bíblia e estacionar o seu pensamento no Eclesiastes e compreender três coisas: 

1. O homem deve apegar-se menos à vaidade e não cair em pessimismos doentios;
2. Reconhecer a imperfeição da ciência humana e, por extensão, rever a mediocridade de certas opiniões que não encontram equivalência nos factos nem na melhor teoria económica e social disponível;
3. E moderar os desejos e as ambições, e não cair na tentação de definir padrões de felicidade para terceiros à luz da sua própria cosmovisão.

Com uma excelsa cultura teológica, surpreende-me ver um economista batido incorrer em erros de análise tão primários, com a agravante de serem social e moralmente penosos e aviltantes para a própria condição humana.

Alguém devia recordar ao economista-teólogo da Palma de Cima que tudo o que se diz e faz sob o sol é vaidade e vento que passa, razão por que sugerimos aqui ao economista-teólogo uma incursão ao Eclesiastes - que revela tudo aquilo que lhe faltou: sabedoria e common sense

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