segunda-feira

Os idosos de Portas



O poder político é feio em Portugal. O poder sobre os outros é, genericamente, feio e castrador. Além de desumano, porque ter poder sobre uma pessoa significa reduzi-la a uma coisa que depois se instrumentaliza. Ela torna-se, assim, numa posse sua. 

Ora, foi isto, durante uma semana, que o líder do partido do táxi fez aos idosos em Portugal. Alegando tratar-se duma fuga de informação, que pode ter saído do seu próprio ventre mole, estar uma semana para corrigir uma informação simples é um horror social, ao contrário da suposta sensibilidade humana que aquele agente político ontem tentou impingir aos portugueses que já o conhecem de jingeira. 

Mas o culpado de toda esta degradação progressiva da situação política não é o Vice-PM, é, sim, o PM que, por ser incompetente e manifestamente impreparado para as exigentes e complexas tarefas da governação, resolveu apoiar-se num agente sem legitimidade política colhida nas urnas e que tem demonstrado um tal "nível de competência" igual à do PM. Neste capítulo, estão bem um para o outro, mau grado o sofrimento dos portugueses que nunca mais se livram desta massiva política do imposto constante e progressivo, que mais não é do que um esbulho institucionalizado pela lei que o Tribunal Constitucional, de quando em vez, se encarrega de travar. 

Até quando?!

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