Pensões: Portas quer fazer "engolir" as palavras a quem o criticou

Publicado hoje às 09:24

Ainda não é certo se será Paulo Portas ou Pedro Mota Soares a fazer uma declaração. O líder do CDS vai tomar hoje uma atitude pública de esclarecimento sobre as pensões de sobrevivência.

Fonte próxima do líder do CDS revelou à TSF que os trabalhos técnicos de modelação das pensões de sobrevivência estão concluídos.

Essa proposta final vai ser revelada hoje, antes mesmo de ser discutida no domingo, em sede de Conselho de Ministros extraordinário e no dia seguinte ao Conselho Nacional do CDS.

Ao que a TSF apurou, Paulo Portas vai querer fazer ver que «a condição de recursos na pensão de sobrevivência vai ser muito mais contida» e «protetora dos pobres e das pessoas com dificuldades» do que disseram os que «quiseram assustar os idosos».

Os tetos vão ficar bastante acima dos 629 euros. Os cortes nas pensões de sobrevivência, e depois de aplicada a condição de recurso, hão-de afetar apenas pensões acima de 1500 ou 2000 euros, revelaram à TSF fontes da Direção do CDS.

Paulo Portas «quer fazer engolir as palavras a todos os que o acusaram de mentir de não defender os mais pobres». É uma espécie de defesa da honra, o que vai acontecer este sábado.

Ana Catarina Santos, in tsf

Obs: Não é sério fazer explodir uma granada na opinião pública e depois vir dizer que se tratou dum simples balde d´ água que caiu da janela e apenas molhou um transeunte. 

Esta forma de gerir a política de comunicação pública oriunda desta coligação contra-natura, é um permanente terrorismo de Estado que gera o pânico entre as pessoas, mormente entre aqueles mais idosos que agora estão na calha para serem, de novo, tosquiados. 

Primeiro, testa-se a mentira na opinião pública. Se a plebe reagir negativamente, o governo recua; de contrário, avança-se para mais um esbulho institucionalizado.

Além deste terrorismo fiscal, este tipo de representação política profundamente degradada, representa também a degradação crescente que existe entre os líderes desta coligação de centro-direita contra-natura em Portugal. 

Há, de facto, limites para o aceitável, e estas práticas de manipulação da informação com intentos politico-partidários, devem ser liminarmente rejeitadas pela opinião pública e pelo povo português que parece ainda não ter acordado da letargia em que se encontra.