quarta-feira

Três tipos de governos: os que fazem...

Ambrogio Lorenzetti (c. 1290 - c. 1348). Alegoria do Bom Governo (c. 1337-1340). Afresco, 296 x 1398 cm. Siena, Palazzo Pubblico, Sala dei Nove.
Com a imposição da globalização competitiva que, de "fora" para "dentro" - impôs um novo ritmo e um quadro de exigências que expôs o País aos riscos e às oportunidades da famosa aldeia global, podemos dizer que existem três tipos de governos:
- Os que fazem as coisas acontecer, e nisso o Governo em funções imprimiu um impulso modernizador e reformista que se foi um pouco abaixo nos últimos meses, além de não dever ter consentido episódios como o da sr. Margarida Moreia da DREN, que fustigaram o governo com traços e tiques autoritários que seriam de evitar;
- Os que vêem as coisas acontecer, como o pseudo-governo Santana lopes em relação ao qual, de tão bera, nem valerá a pena tecer comentários;
- E os governos que perguntam o que aconteceu, como o Governo Durão Barroso que não deixou memória, nem obra, nada. Queria o TGV e o aeroporto internacional de Lisboa, mas por falta de coragem e de envergadura política meteu-os na gaveta. Depois zarpou para Bruxelas onde faz os equilíbrios, como diria o douto Marcelo. Apenas deixou um partido esfrangalhado e incapaz de se regenerar, ter um projecto para Portugal e fazer oposição a Sócrates com credibilidade.
Em vez disso, Durão deixou dois "objectos de luxo, quais antiguidades exóticas" dignas do Museu de História Natural - sobrecarregando e disfuncionando hoje o sistema político: a dupla Lopes & Leite, os piores desastres políticos do pós-25 de Abril.
Aquele parece que deseja ser autarca na capital, onde abriu uma cratera financeira e lançou o caos urbanístico na cidade; esta almeja impedir Sócrates de captar a maioria absoluta nas legislativas.
Ambos têm um sonho em comum: o de impedir que se faça mais e melhor.
É o que se chama: "afirmação" pela negativa.