quinta-feira

Onde está João Rendeiro?

Clientes barricados no BPP exigem demissão da administração, in TSF O clientes do Banco Privado Português (BPP) exigiram, esta quinta-feira, a demissão em bloco da administração liderada por João Ermida e a intervenção do Governo, após uma reunião de uma hora (...)
Obs: Eu que não sou cliente do BPP já começo a ficar farto desta novela, que penaliza interesses de milhares de pessoas em Portugal, envolve centenas de famílias. Pergunto-me do que está à espera o sr. João Rendeiro, que se eclipsou, para alienar algum do património do BPP e começar a devolver o capital aos clientes que confiaram naquela instituição. Com juros de preferência...
Rendeira, que foi tão "inteligente" para lançar o seu belo livro - cujo título representa uma tonelada de ironia do destino, escolheu o dia de lançamento no momento em que estalou a bronca em torno do banco a que presidia. Revela um grande talento, os homens do marketing, como Kotler e outros, têm de "aprender" com o dito banqueiro.
Naturalmente, nenhum jornalista estava interessado em fazer-lhe perguntas relativamente ao seu livrinho, mas sim em relação ao escândalo que Carlos Tavares (PR da CMVM - ou "Ci-Vi-Éme" - segundo Joe Berardo) comparou a dona Branca (e com alguma razão). Rendeiro ameaçou processá-lo em vez de canalizar as suas energias e talento, como vimos, para vender património e devolver o dinheiro aos seus credores.
Em vez disso, Rendeiro e seus discípulos - preferem fazer o diktat ao PM, que, doravante, terá de lançar uma OPA aquela amostra de banco e ressarcir pessoas de bem que confiaram num bando de vigaristas vestidos à Hugo Boss.
Não me admiraria nada que um destes dias os telejornais do burgo façam o seu agenda-setting com base na seguinte notícia: foi abatido do ex-dirigente e/ou banqueiro do banco x em resultado da fúria não contida por parte de um cliente que tinha imensas dívidas....
Aguardemos pelo desenvolvimento desta novela mexicana que um dia ainda tinge de sangue este País de banqueiros pouco transparentes.
Mas também os há sérios, é preciso dizê-lo.