Marcelo é impagável...

O douto Marcelo hoje criticou Vital Moreira por, na sequência da agressão de que foi alvo por militantes do PCP, se comparar a Mário Soares - por referência aos acontecimentos passados da Marinha Grande, em que o "pai-fundador" da democracia também foi físicamente agredido. Depois de Marcelo ter cunhado Vital de "vaidoso", fiquei a saber que, porventura, Vital Moreira não deveria ter estabelecido essa comparação (porque, lá está, é vaidoso), mas comparar-se a Marcelo quando este deu o mergulho no rio Tejo - na vã esperança de conquistar mais uns votinhos sabujos para a autarquia de Lisboa - que acabou por perder em 1989, e bem, para Jorge Sampaio.

Marcelo, na qualidade de analista político ou de comentador, não devia fazer apreciações pessoais demasiado subjectivas para aferir comportamentos políticos.

Além dum erro de cultura política e de falta de neutralidade analítica, Marcelo revela mais duas coisas lamentáveis:

1. Ainda anda recalcado da política, porque perdeu todas as eleições em que se envolveu;

2. Introduzir a categoria "vaidoso" na análise política e no debate de ideias em Portugal, mesmo em contexto socioeleitoral, é recorrer à conversa de café que supunha inexistir em Marcelo.

Na prática, Marcelo também carece de um espelho quando avalia os outros com esta gramática política manhosa, por isso, merece um 8.

E com muita benevolência.