quarta-feira

Passos Coelho defende TGV 'made in' Portugal

A imagem foi picada por nós na rede.
Obs: A ideia de que o TGV é mau investimento para Portugal porque não integra nem tecnologia nem mão-de-obra nacionais - começa a ser desmistificada. Esta ideia de Ângelo Correia, perdão, Pedro Passos Coelho, faz sentido e deve-se valorizar. Portugal, embora não tendo tradição nessa tecnologia por razões óbvias, poderia ver aí uma oportunidade para qualificar umas centenas de quadros e começar a produzir em território nacional componentes para o TGV, à semelhança de outros países em fase de maturação do seu processo de desenvolvimento post-industrial nesta viragem do milénio. Com a deslocalização das empresas, da economia e do capital-conhecimento esse trade-of é hoje significativamente mais facilitado do que há uma década.
Espanta-me é ver, semanalmente, o desejo de Pedro Passos Coelho, que faz lembrar aquelas esperanças a quem os treinadores convocam para ficarem a jogar no banco dos suplentes,
a pôr-se em bicos de pés para querer fazer a diferença e, assim, estabelecer um efeito de contraste demolidor para Ferreira leite. Que além de não conseguir ter uma única ideia, também não tem um Angelo Correia a soprar-lhe novidades ao ouvido. E mesmo quando isso ocorre via banalidades de autoria de Pacheco Pereira - Leite ainda tem mais um outro problema: não consegue comunicar uma ideia.
Digamos que o problema da srª Ferreira não está no TGV nem em Pedro Passos Coelho - que é o jovem mais velho da república portuguesa, mas nela própria.
Ou melhor, entre ela e a política a relação nem sequer é íntima nem estranha, simplesmente não existe. E é este bloqueio que hoje está a impedir que o PSD consiga arrumar a casa, ter um projecto, refazer a sua identidade e constituir-se como alternativa política em Portugal.
Até lá, todos poderemos dizer que Ferreira leite continua a ser o "homem" ideal para viabilizar a 2ª maioria absoluta ao PS.
Aposte-se em Ferreira leite.