O irmão do sequestrador morto em campolide - preso com 300 mil euros em droga. O editorial do Sr. Fernandes do Público d´ontem

Pedro Catarino

Gilson Sousa e a mulher, Maria Manuela, apresentaram-se como empresários aos jornalistas durante o funeral de Nilton. Na altura, só a cunhada prestou declarações

Lisboa: Apanhado em rusga da PSP, in CM

Preso com 300 mil euros em droga

Não sabiam da presença um do outro em Portugal. Levavam vidas separadas e não tinham contacto há anos. No entanto, os irmãos Nilton e Gilson Sousa tinham em comum a prática de crimes em Portugal. Nilton, de 32 anos, foi morto por snipers da PSP no assalto ao BES de Campolide no início de Agosto - que iniciou a vaga de crimes naquele mês. Gilson foidetido anteontem pela PSP no decorrer de uma operação de combate ao tráfico de armas e drogas no centro de Lisboa e apanhado com um quilo de cocaína, avaliado em cerca de 300 mil euros.

Ao final da tarde de segunda-feira, elementos da Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa - reforçados por duas equipas do piquete do Corpo de Intervenção - chegaram à rua Francisco Sanches, na zona da praça do Chile. O alvo era a pensão 1º de Maio e seis residências na mesma rua e na avenida Almirante de Reis. Uma outra casa era ao mesmo tempo alvo de uma busca na cidade da Guarda.

Gilson foi um dos sete detidos na operação: quatro homens e três mulheres com idades compreendidas entre os 36 e os 56. Não era, apurou o CM, o líder do grupo que se dedicava ao tráfico de droga e que geria a referida pensão, conhecida por ser local de prostituição.

O nosso jornal apurou que Gilson estava legalizado e a viver nos arredores de Lisboa há quatro anos. Até agora não tinha tido problemas com a Justiça. É casado com uma mulher, portuguesa, que se apresentou como empresária e que também foi identificada no decorrer da operação da PSP. Não foi detida porque nada a ligava ao tráfico, apurou o nosso jornal junto de fonte policial.

Nos dias que seguiram o assalto ao BES de Campolide, Gilson apresentou-se à Judiciária, onde foi ouvido. A única vez que se cruzou com o irmão em Portugal foi no funeral deste, já no cemitério.

Obs: Afinal, e ao contrário do que defendem alguns idiotas com responsabilidade no jornalismo político em Portugal, as acções de prevenção da PSP servem para algo...

Pergunte-se ao sr. Manuel Fernandez, director do Público, o pasquim da sonae, se conhece o significado da palavra "rusga".